Dias 27,28,29 e 30 de Agosto - (Quinta a Domingo) - 20hs
Sala Alváro Moreyra - Centro Municipal de Cultura
(Av. Érico verissímo,307)
ENTRADA FRANCA (Senhas no local a partir das 19h)
Este espetáculo foi contemplado pelo edital Teatro na Cia. concedido pela Coordenação de Artes Cênicas da Prefeitura Municipal de Porto Alegre Cultura
Retrata a estória de Willie, uma menina de 13 anos envelhecida pelo tempo. Em um de seus devaneios ela encontra Tom, um garoto um pouco mais velho com quem compartilha sua infância de perdas, lembranças da irmã, sua realidade de ilusões e o ser mulher. O garoto e a menina se envolvem entre brincadeiras, esperanças e medos de Willie que trilha um caminho sem volta com um destino cruel que sempre a vai levando de volta para “casa” no fim do dia.
Partimos do texto como mote central e reconstruímos o universo da narrativa agregando textos de outros autores dando a encenação um ritmo ágil que a todo tempo constrói e reconstrói universos paralelos a narrativa da peça. O espaço intimista possibilita a compreensão mais sutil de intenções das personagens, sendo que a fantasia e a realidade estão todo o tempo entrelaçadas e colocadas em jogo.
A brincadeira no trilho do trem torna-se pretexto para Willie e Tom, duas crianças na corda-bamba da adolescência, conhecerem-se de fato. A reflexão poética sugerida pela peça sobre o ciclo de vida e morte (em vida) é conduzida pelo “desenho da imaginação” das personagens, em jogo com os espaços percorridos ao longo do diálogo e das ações. A presença de fragmentos de outros textos na dramaturgia acentua a questão dos devaneios fantasiosos. Há um constante atrito entre realidade e ficção.
Concepção do espetáculo:
O espetáculo “Essa propriedade está condenada” trata especificamente da questão de afirmação de um casal de jovens Tom e Willie descritos na obra de Tenessee Willians. Na criação do Grupo Válvula de Escape esta visão é potencializada através da duplicidade dos personagens, interpretados por quatro atores, trabalhando a ambigüidade dos textos do autor e de novos fragmentos inseridos que trazem a encenação questionamentos de identidade, de criação de zonas de conflito entre ficção x realidade, sonho x realidade(s) questionando o que é realidade e ficção na vida dos personagens. Com isso o cenário é composto por portas e janelas de demolição, além dos objetos manipulados pelos atores em cena como um cubo de madeira, auxiliados por uma iluminação que se preocupa em criar estes ambientes do que é sonho, do que é real além de separar as zonas de atuação dos atores que permanecem o tempo todo em cena. Os figurinos acompanham este clima e são iguais para as atrizes que personificam “Willie” e para os atores que personificam “Tom” e caracterizam-se por tons terrosos, marrom e bege, criando figuras que não sabemos se estão vivas ou mortas, auxiliadas por maquiagens e cabelos fantasmagóricos inspirados em filmes de Tim Burton. A trilha sonora alterna canções executadas ao vivo pelos atores com trilhas selecionadas que compõe o clima onírico da encenação.
ESSA PROPRIEDADE ESTÁ CONDENADA
Texto: Tennessee Williams
Direção e Dramaturgia: Diego Ferreira
Elenco:
Gianna Soccol
Miguel Zacouteguy
Radamés Cristiano Paz
Leticia Pagot
Iluminação: José Renato Lopes
Projeto Gráfico: Gianna Soccol
Vídeos: Vitório Beretta
Figurinos: Maria Teixeira Corrêa e grupo
Maquiagem: o grupo
Trilha Sonora: Diego Ferreira
Cenário: Diego Ferreira e Grupo
Adereços: Maura Sobrosa Ramos
Fotografias: Leandro de Oliveira e Diego Ferreira
Produção: Diego Ferreira
Realização: Grupo Válvula de Escape
Apoios: Grupo Trilho de Teatro Popular, Usina das Artes, Mainquest
APOIO:
Assistirei com muito prazer.
ResponderExcluirPor acaso a peça está concorrendo ao Prêmio Açorianos?
Obrigado pela divulgação.
Um abraço.
Plínio Mósca.