quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (RS)

Via Olhares da Cena
Foto: Adriana Marchiori
Qualidade, bom gosto e requinte nos palcos gaúchos

“Dona Flor e seus dois maridos”, abriu a programação do Porto Verão Alegre. Trata-se de uma adaptação e apropriação da obra de Jorge Amado. O espetáculo gaúcho parte de uma das obras mais conhecidas do Brasil. O que diferencia este trabalho das outras linguagens ao qual já fora adaptado:  o cinema, a literatura e a televisão é a apropriação da teatralidade latente e potente vistos no palco. Dirigido por Zé Adão Barbosa, Carlota Albuquerque e Larissa Sanguiné “Dona Flor” destila na cena uma série de sensações provocadas por sons, cores, texturas, aromas e os corpos dos atores provocando no espectador uma verdadeira catarse.
O espetáculo é uma verdadeira homenagem a obra de Jorge Amado, pois os diretores não se contaminaram pela grande oferta de referenciais existentes e já realizados acerca da obra, pelo contrário, souberam criar, cada um a seu modo, uma cena inventiva e poética, recheada de signos e simbologias partindo de elementos muito simples que remetem a vida noturna de Salvador.
A chamada pós modernidade teatral articulou novos padrões de encenação, requisitando do espectador uma percepção centrada nas sensações, ora desconstruindo a fábula, e evitando qualquer significado racional, ora centrado na experiência estética da performance da representação. E é justamente o que acontece neste trabalho. A priori, o espectador já conhece a fábula da narrativa, o triângulo Flor-Vadinho-Teodoro está enraizado na cultura brasileira principalmente pela abordagem televisiva,... 

Texto completo no blog OLHARES DA CENA

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