ATÉ O FIM, 1 a 24 de Agosto, 20h (Sex, Sab e Dom), Teatro do Museu do Trabalho
Até o Fim é uma peça dirigida por Zé Adão Barbosa, com texto de João Carlos Castanha, baseado em suas próprias memórias. Segundo o próprio autor é uma “comédia sobre a morte”.
O espetáculo trata sobre a delicada relação entre um doente terminal num quarto de hospital e sua enfermeira. Ele, um artista homossexual que enfrenta sua doença com uma coragem avassaladora. Ela, uma mulher tímida e solitária, que aos poucos vai criando um vínculo surpreendente com seu paciente.
Através de um humor ácido, o paciente resgata suas memórias, entre paixões e fracassos. Mesmo com a morte iminente, ele se considera um vencedor: conheceu um mundo vasto que, em suas próprias palavras, “é um imenso parque de diversões”. Já a enfermeira é uma mulher recatada, que tem uma vida sem grandes emoções e se sente presa a sua covardia de viver.
A cada dia, aquele pequeno quarto se transforma em um casulo onde os dois se protegem, se provocam, se ajudam, riem e choram. O embate entre eles se transforma em um jogo emocionante de estranhamento e sedução. Paciente e enfermeira vão transformar um a vida do outro, criando um inesperado vínculo, entre dois personagens de universos tão diferentes um do outro. Ela o protege, ele a liberta.
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