O Teatro de Rua nos processos contemporâneos e a fisionomia da cena de rua em Porto Alegre. A dramaturgia do teatro de rua e o conceito de “Arte Pública”.
Será solicitado 1kg de alimento não perecível para assistir ao seminário, esses serão doados à Casa dos Artistas Riograndense
1º dia terça-feira, 10 de abril das 19h às 21hTeatro do SESC (Av. Alberto Bins, 665)
PALESTRA: “Cultura popular: a provocação de novos olhares na dramaturgia de rua”Com Luiz Alberto de Abreu (SP), dramaturgo.
A palestra “Cultura popular: a provocação de novos olhares na dramaturgia de rua” proferida pelo dramaturgo Luís Alberto de Abreu expõe a sua prática dramaturgica e a necessidade de resignificar o olhar para as culturas populares.
Luis Alberto de Abreu começou a carreira como dramaturgo e, depois, passou a escrever roteiros para cinema e TV. A partir dos anos 80, destacou-se como autor ligado ao grupo Mambembe, com as peças Foi Bom, Meu Bem? e Cala a Boca já morreu. Em seus 28 anos de carreira, já conta com mais de 40 peças teatrais – escritas e adaptadas – em seu repertório, com destaque para a antológica Bella Ciao, as premiadas Borandá e Auto da paixão e da alegria, ambas encenadas pela Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes; e O Livro de Jó, montada pelo Teatro da Vertigem. Como roteirista se destacou no cinema com os filmes Maria (1985); Lila Rapper (1997), juntamente com Jean Claude-Bernardet; e os premiados Kenoma (1998) e Narradores do Vale de Javé (2000); além de Andar às Vozes (2005), juntamente com Eliane Caffé. Já para TV, escreveu os roteiros de duas minisséries globais recentemente: Hoje é Dia de Maria (2005) e A Pedra do Reino (2006). Foi, ainda, professor de dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André por oito anos e dramaturgo residente no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), sendo o autor de peças levadas à cena por Antunes Filho. O autor recebeu prêmios, como quatro prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA – 1980, 1982, 1985, 1996), Prêmio Mambembe do Instituto Nacional de Artes Cênicas (1982), Prêmio Molière da Companhia Air France (1982), Prêmio Estímulo de dramaturgia para desenvolver o projeto de pesquisa sobre Comédia Popular Brasileira (1994), Prêmio Mambembe (1995), Prêmio Apetesp (1995), Prêmio Panamco (2002) e Prêmio Shell (2004).
2º dia sabádo, 14 de abril às 12hTeatro RENASCENÇA (Av. Érico Veríssimo, 307)
REUNIÃO ALMOÇO: “Lançamento do Caderno de Trabalho”
Com Buraco d`Oráculo.
Expõe a prática de trabalho do grupo paulista Buraco d`Oráculo. Fruto de um projeto de mesmo nome, está dividido em três seções: Teatro: do tema à prática; polissemia e; criações. A primeira seção apresenta diversos textos de pensadores e professores com objetivo de tornar mais claro o universo pesquisado. A segunda seção apresenta textos dos envolvidos diretamente ao longo do processo, são os atores e atrizes do Grupo, professores, convidados e lideranças comunitárias. A terceira e última seção é dedicada à apresentação de uma pequena parte do processo criativo, no qual vem à luz músicas, pequenas cenas e roteiros de intervenção.
Distribuição: Gratuita.
3º dia segunda-feira, 16 de abril às 18hTeatro RENASCENÇA (Av. Érico Veríssimo, 307)
HomenagemPara “José Carlos Peixoto”
José Carlos Peixoto, Zézão ou Zé da Terreira, personalidade do meio cultural de Porto Alegre, cantor e ator, nasceu em Rio Grande, em 1945. Chegou à cidade de navio, quando tinha 17 anos. Em 1969, estudou no Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS (DAD). Foi para o Rio de Janeiro em 1970, conviveu com o grupo Tá na Rua. Participou como cantor no Festival Universitário de Música Brasileira. Recebeu prêmios e um convite para integrar o elenco da primeira montagem brasileira da ópera-rock Hair. Em 1984, de volta a Porto Alegre, trabalhou no Ói Nóis Aqui Traveiz e no grupo teatral Oficina Perna de Pau. Em 2000, recebeu da Câmara Municipal de Porto Alegre o Prêmio Qorpo Santo pelos inúmeros serviços prestados à cultura local. E em 2009 o prêmio do Iphan, Personagens do Centro de POA. Em 2002, lança o CD “Quem Tem Boca é Pra Cantar”. Montou os shows Césio 137, na Terreira da Tribo, Tiro ao Álvaro, com músicas de Adoniran Barbosa, e África-Brasil, com apresentações ao ar-livre. Participou, como cantor/ator nas peças “Jacobina, Balada para um Cristo Mulher” e “A Exceção e a Regra”, de Bertold Brecht – nesta, encenada pelo Ói Nóis Aqui Traveiz, onde participou também como compositor, ao lado de Johann Alex de Souza e Mário Falcão, musicando as letras do dramaturgo alemão. Atualmente Zé colabora com participações e como referência para vários grupos de teatro de rua que vêem nele uma síntese destes vários aspectos da constituição do Teatro de Rua.
Das 19h às 21h
PALESTRA: “Arte Pública”Com Amir Haddad
As políticas públicas todas são feitas para as Artes Privadas. No entanto existe um sentimento publico de produção artística, que é anterior ao conceito de arte privada conforme nós a conhecemos. A este movimento podemos chamar de “Arte Pública”, um conceito ainda muito novo e ao mesmo tempo muito antigo. Uma arte que se faz e se produz para todos, sem distinção de classe ou nenhuma outra forma de discriminação, podendo ocupar todo e qualquer espaço, e com plena função social. O livre exercício da atividade artística como Arte Pública, tem seus reflexos e conseqüências imediatas na vida pública, independente de teatros fechados, galeria, exposições e mesmo museus, que são espaços públicos para a contemplação e fruição de obras de artes. Seu lugar é o espaço aberto, as ruas e as praças. Se dirige a todos, não escolhe nem seleciona seu público e traz benefícios imediatos para a vida social e o convívio urbano.
Amir Haddad com José Celso Martinez Corrêa, Renato Borghi e outros criou em 1958 o Teatro Oficina — ainda em atividade com o nome de Uzyna Uzona. Nesse grupo, Amir dirigiu Candida, de George Bernard Shaw; atuou em A Ponte, de Carlos Queiróz Telles, e em Vento Forte para Papagaio Subir, de José Celso Martinez Corrêa (1958). Em 1959, dirigiu A Incubadeira e ganhou prêmio de melhor direção. Deixou o Oficina em 1960. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro para assumir a direção do Teatro da Universidade Católica do Rio. Fundou, em 1980, os grupos “A Comunidade” (vencedor do Prêmio Molière pelo espetáculo A Construção) e o “Tá na Rua”. Amir não deixou de realizar projetos mais convencionais como O Mercador de Veneza, de Shakespeare (com Maria Padilha e Pedro Paulo Rangel) e os shows de Ney Matogrosso e Beto Guedes. Com microfone na mão, Amir coordena uma trupe de atores pelas ruas e praças.
4º dia terça-feira, 17 de abril às 18hTeatro RENASCENÇA (Av. Érico Veríssimo, 307)
“A Fisionomia da Cena de Rua em Porto Alegre e as Marcas de Tais Relações”
O lugar e o significado da experiência do teatro de rua em Porto Alegre na produção contemporânea Brasileira, por Valmir Santos.
Valmir Santos, Jornalista cultural desde 1992. Edita o site Teatrojornal – Leituras de Cena (www.teatrojornal.com.br) e publica reportagens e críticas na revista Bravo! E no jornal Valor Econômico. Escreveu para a Folha de São Paulo de 1998 a 2008. Autor de histórias dos núcleos Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), Armazém Companhia de Teatro (RJ), Parlapatões (SP) e Grupo XIX de Teatro (SP). Cofundador da Companhia Pombas Urbanas em sua fase amadora, em 1989. Mestre pelo Programa de Artes Cênicas da USP, em 2009.
Mediação de Renato Mendonça, jornalista e crítico teatral.
Maiores informações no site do FESTIVAL DE TEATRO DE RUA DE POA.
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