sexta-feira, 30 de julho de 2010

LIA DE ITAMARACÁ em Montenegro

É neste domingo as 15:30 hs na Estação da Cultura, a CIRANDA DE RITMOS com Lia de Itamaracá, diretamente de Pernambuco. Lia é patrimônio vivo de seu estado devido a importância de sua arte, repleta de brasilidade e ritmos. Neste show ela vem acompanhada de seis percusionistas de maracatu e de mais duas cantoras. Depois de receber ontem o maravilhoso show de CHICO CÉSAR, agora já me preparo para acompanhar mais esta promoção do ARTE SESC que tem nos brindado com arte de qualidade.
Então até domingo!

sábado, 17 de julho de 2010

Hans Thies Lehmann em Porto Alegre


TEATRO CONTEMPORÂNEO: PARA ALÉM DO DRAMA

Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - IA - UFRGS

Goethe Institut Porto Alegre
Coordenação de Artes Cênicas - SMC - Prefeitura de Porto Alegre

Pessoal fiquei sabendo e vou registrar por aqui também que Hans Thies Lehmann estará em Porto Alegre no próximo mês dentro da programação do TEATRO CONTEMPORÂNEO: PARA ALÉM DO DRAMA. Para quem não o conhece, ele é um dos estudiosos que se debruça sobre questões do TEATRO PÓS-DRAMÁTICO e suas implicações. Já li alguns de seus textos e realmente é uma excelente opção tê-lo por aqui. Aproveitem! Abaixo segue a programação:  
12/08

10h - Conferência de abertura "Para além do drama" com H-T.Lehmann
Local:Instituto Goethe de Porto Alegre

19h - Roda de debates - H-T. Lehmann e classe teatral
Local: Teatro Renascença - Centro Municipal de Cultura

13/08

18h - Palestra: Recepção contemporânea do teatro grego antigo - E. Varopoulou
19h30 - Palestra: "O político - e sua interrupção - no Teatro Pós-dramático " com H-T. Lehmann
Local: Instituto Goethe de Porto Alegre

A presença de Hans Thies Lehmann e Eleni Varopoulou na UFRGS integra a Hans Thies Lehmann

Brasil Tour 2010 idealizada e organizada por Wolfgang Pannek

sexta-feira, 16 de julho de 2010

CHICO CÉSAR em MONTENEGRO


É com grande alegria e ansiedade que anuncio o show de Chico César em Montenegro. Lógico que somente o Arte Sesc poderia proporcionar a vinda deste grande artista para a nossa cidade. Galera, corra para comprar os ingressos, pois este artista é sinônimo de inquietação, criatividade e inventividade dentro da música popular brasileira. Sua obra tem grandes perólas, e mesmo assim ele é desconhecido da grande parte do público brasileiro. A única referencia é o seu maior sucesso Mama África, mas existe um Chico César genial por trás deste sucesso. Então nos encontramos lá no dia  29 de Julho as 20 hs com o espetáculo "Francisco FOrro y Frevo". no Teatro Roberto Atayde Cardona.

Informação sobre ingressos no SESC MONTENEGRO: 51-36493403 ou Rua Capitão Porfírio, 2205.

domingo, 11 de julho de 2010

CORTE 1 - PROCESSO DO GRUPO VÁLVULA DE ESCAPE - Texto.


Gostaria de compartilhar neste post um pouco do nosso processo de criação do espetáculo "MACABÉA - Una Furtiva Lacrima", baseado na obra de clarice Lispector. Nossa caminhada iniciou no final de fevereiro, quando iniciou os nossos encontros. Nosso grupo é formado por artistas com formações diferenciadas e é isso que faz do Válvula uma equipe que tem demostrado um gás e uma vontade de aprender com esta expêriencia. Eu, Diego Ferreira, Ana Denise e Lucimaura Rodrigues temos em comum a formação em Teatro na Graduação da UERGS, Martina e Adriana tem suas formações no Curso de Teatro da Fundarte, onde puderam estudar com professores como Carlos Mödinger, Tatiana Cardoso e Jezebel de Carli, e Leonardo e Gabriela que experimentaram o Teatro nas oficinas do colégio Sinodal com professores como Marcelo Bulgareli e Janaina Kraemer. Enfim, com formações diferentes estes artistas estão experimentando, criando e aprendendo muito neste processo, que tem sido bastante revelador para nós, pois como estamos partindo de um texto não-teatral, "A hora da estrela", temos que lidar de maneira coerente quanto a isso. Iniciamos o trabalho com a leitura integral do livro e de muitos artigos que se relacionavam com a obra referida. Nossas conversas eram baseadas na obra de Clarice e de como fariamos para levar a cena uma obra tão complexa como esta. Eu fiquei responsável pela adaptação inicial, tentando transformar o texto literário em texto dramático, criando diálogos e cenas baseados nos escritos de Lispector. Este trabalho levou em torno de dois meses, até que chegou em nossas mãos o 1º esboço do roteiro, esboço que até agora tem sofrido muitas alterações, cortes, inserções de outros trechos de outras obras de Clarice, assim como de outros autores como um fragmento de "Bonequinha de Pano" de Ziraldo e textos biográficos de Clarice. A medida que os ensaios avançam, novos cortes e alterações tem sido realizadas. Não montaríamos mais uma versão fiel de A HORA DA ESTRELA de Clarice Lispector, mas a nossa própria obra baseada em Clarice, utilizando os seus escritos como base, importanto agora dizer de nós e de nosso mundo para o público contemporâneo, celebrar a vida através de um ser vazio que ambicionava somente viver, sem perspectiva nenhuma. Mais do que montar um texto clássico da literatura, queriamos descobrir a poesia em nós e o que temos para falar, hoje. Sem isso, não vejo muita razão para fazer teatro ou qualquer outra coisa. E a busca dessa poesia, mais do que de poemas e textos requeridos pelo espetáculo, foi a razão maior do trabalho empreendido. 
Nesta primeira etapa do trabalho, o que foi mais árduo, foi realizar os cortes, de modo a reduzir a peça em mais de metade do original, mantendo a tensão dramática e cosntruir a vertigem que eu pretendia enquanto cena. No primeiro esboço estava praticamente toda a obra lá, mas com o inicio do trabalho prático fui percebendo que não poderia colocar tudo em cena, que deveria privilegiar as situações dramáticas que pudessem contar a história de Macabéa. Outra alteração importante é a transformação do narrador Rodrigo S.M na própria Clarice Lispector, ou seja, nossa história é narrada pela própria Clarice, que nos guia e nos coloca nas situações vivenciadas pelos nossos personagens.

A partir disso, comecei a cortar cenas inteiras, preservando, sobretudo, os momentos principais, em que se produzem os conflitos e a evolução da trama. "A hora da Estrela" permitiu tais cortes, pois muitas vezes algumas cenas/trechos do romance conformam uma unidade fechada e esgotam-se em si mesmas. Valem mais por sua profunda dimensão lírica ou cômica, mas não são essenciais para a evolução do enredo. Mas mesmo tendo isso em mente, todo cuidado é pouco para efetuar tais cortes.Se o critério acima tinha em vista o todo do espetáculo e a evolução pretendida por mim, outros critérios deveriam ser eleitos para definir os cortes a serem feitos em cada cena e em cada fala do original de Clarice. A maior dor surgia nesses momentos. Cada frase, cada verso, cada metáfora de Clarice é uma pérola da literatura que teimamos em querer guardar. A leitura de referenciais foram fundamentais para estabeler os critérios para tais cortes. Procurei aqui explanar um pouco sobre o processo de cosntrução do nosso trabalho, aqui neste primeiro momento sobre a construção de dramaturgia para o nosso espetáculo. 

REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS
MELO, Amanda de Souza. A Teatralidade em “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector. UFMG.
LIMA, Mariana; DIAZ, Henrique; ARAPI, Fauzi. Parceiros Apaixonados. Sala Preta. USP.
CAROLINA PISMEL, Carolina; IZE, Nara e VERÍSSIMO, Rafael. Pisando em Ovos: O Jogo narrativo do Ator. UniverCidade. RJ.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

OFICINA DE CRIAÇÃO TEATRAL com MARCO FRONCHETTI

E
TEATRO NO CLUBE DE CULTURA

Objetivo

Reativar a formação e criação teatral no Clube de Cultura de Porto Alegre, através de:

1. Oficina de Criação Teatral

– a ser oferecida em dois módulos no período de agosto de 2010 a junho de 2011, com o objetivo de preparar profissionais para a montagem de um espetáculo específico para o espaço do Clube de Cultura.

Ministrante: Marco Fronchetti

Ministrantes convidados: Sérgio Lulkin e Valéria Lima

Horário: terças e quintas-feiras, das 19 às 22 horas

Período: Módulo I – agosto a novembro de 2010

Módulo II – março a junho de 2011

Conteúdo: Treinamento físico do ator

Preparação para o jogo e improvisação

Criação sobre temas pré-determinados

Público-alvo: atores e interessados em participar de um processo de criação teatral (máximo: 25 participantes – mínimo: 10)

Investimento: R$ 80,00 (oitenta reais) por mês de oficina.

Ao final de cada um dos módulos, serão feitas apresentações abertas de cenas resultantes do processo de criação desenvolvido na oficina.

2. Montagem de Espetáculo

Previsão de estréia do espetáculo: setembro de 2011.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Teatro em espaço não convencional

Espaço Cênico?
Theater Titanic

Todo espaço é um espaço cênico. Em alguns, isto é notório, como nos estádios, igrejas, parlamentos, praças e, claro, nos teatros. Os lugares são pensados para abrigarem um tipo de ação, de evento, de acontecimentos pré-determinados.
Cabe ao artista manipular o ambiente físico, buscando a interação entre o observador e a imagem ambiental. Ambientes diferentes dificultam ou facilitam o processo de criação.
“Todo ambiente arquitetural é suscetível de expor, limitada estilisticamente pelo querer do arquiteto, uma cota ponderável dos acontecimentos possíveis entre os humanos; e neste aspecto se tem uma teatralidade real, o vão que a perfilhou, a equiparar-se com a rampa dos divertimentos, os espaços de toda a arquitetura a competirem com o tablado das encenações, isto é, com um setor da própria arquitetura.” (COUTINHO, 1998, p.179)
Quando advém o antagonismo na função a qual se destina o local, pode acontecer a recusa ao novo acontecimento. O desarranjo pode acarretar em uma experiência incômoda. E esse pode ser o intuito do espetáculo, ou seja, o lugar já pode impor o caráter da trama a ser apresentada, com intensidade maior ou menor segundo o gênero de espaço e o tipo de espetáculo proposto, ou a revelia de ambos.
O espaço escolhido pode oferecer significados, experiências e imagens diversificadas e até contraditórias, e pode levar o espectador em uma tarefa de se desdobrar por impressões recebidas ou já pré-estabelecidas. “Cada cidadão tem vastas associações com alguma parte de sua cidade, e a imagem de cada um está impregnada de lembranças e significados.” (LYNCH, 1997, p.01)
“O vazio do lugar está no olho de quem vê e nas pernas ou rodas de quem anda. Vazios são os lugares em que não se entra e onde se sentiria perdido e vulnerável, surpreendido e um tanto atemorizado pela presença de humanos”. (BAUMAN, 2001, p. 122)
No mundo contemporâneo, o papel do teatro ainda está em transição, já que outras formas de espetáculo se apresentam. Num mundo fluido, onde tudo caminha para a dissolução o lugar do teatro parece indefinido. Também parece confuso atuar para este público contemporâneo: pessoas cheias de vaidades, “atores sem papel”, que precisam de circunstâncias momentâneas de encenação para que não corram o risco de uma possível união afetiva. Não criam nada mais que a excitação de um desempenho momentâneo ou aquele que se prolonguem mais do que a finitude do cheiro de coisas novas, dos produtos consumidos, relacionando-se de forma inconsistente com a própria vida. Mas não podemos deixar de lembrar que a história do teatro, como toda história, está em contínua elaboração e mudança de tradição, em que cada obra se refere ao passado e indica o futuro. E que o teatro faz parte um fluxo natural de tradições dentro do processo de criação cultural que vincula a arte de nossos dias a da antiguidade.
O que não se pode perder é a autenticidade cênica que independe de lugar. “No trabalho de apropriação do espaço – e levando em consideração a sua arquitetura, a sua atmosfera e as pessoas que o circundam – conseguimos projetar novas possibilidades para as personagens. Interferências do campo tátil, olfativo e da própria geografia do espaço colaboram para a ampliação do discurso.” (REBOUÇAS, 2009, p.58).

sábado, 3 de julho de 2010

Cara Estranho

Mais uma letra de música que está dialogando com a nossa proposta de construção cênica.

Cara Estranho


Composição: Marcelo Camello

Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém

Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem

Olha ali, quem tá pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
Se alguém não aponta a direção
Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber?
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder

Talvez se nunca mais tentar
Viver o cara da TV
Que vence a briga sem suar
E ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir.

De onde vem a calma!

Abaixo a letra da canção de Marcelo Camelo que tem nos inspirado em nosso processo. Esta música é o retrato fiel da nossa personagem, pois além de ser poética ao extremo, ela parece descrever exatamente a Macabéa de Clarice Lispector. Linda música, linda letra, pura poesia.

De Onde Vem A Calma

Composição: Marcelo Camelo

De onde vem a calma daquele cara?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente?
Ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil

De onde vem o jeito tão sem defeito?
Que esse rapaz consegue fingir
Olha esse sorriso tão indeciso
Tá se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão



Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
Não vou ceder
Deus vai dar aval sim
O mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado
Rei de mim.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meyerhold 70 anos: Herança para o ator de hoje


PROGRAMAÇÃO:

Dias 4 e 5 de agosto: PALESTRAS



dia 4: a teatralidade e o grotesco na encenação de Meyerhold Com Cláudio Mássimo Paternò (Itália)- Ator e coordenador do Centro Internacional de Estudos em Biomecânica Teatral de Meyerhold às 19h no Centro Cultural Cia de Arte – Rua dos Andradas, 1780, Porto Alegre – RS – Brasil



dia 5: A biomecânica teatral de Meyerhold Com Cláudio Mássimo Paternò (Itália)- Ator e coordenador do Centro Internacional de Estudos em Biomecânica Teatral de Meyerhold às 19h no Centro Cultural Cia de Arte – Rua dos Andradas, 1780, Porto Alegre – RS – Brasil



Dia 6 de agosto: AULA- ESPETÁCULO Danças dramáticas brasileiras: fundamentos para a criação de um corpo cênico Com Alício Amaral e Juliana Pardo (SP) Cia Mundu Rodá – SP – Brasil Às 20 horas, na Sala Alziro Azevedo, Rua Salgado Filho, 340 – Centro Porto Alegre – RS – Brasil



De 2 a 6 de agosto de 2010 – das 9h às 13h OFICINA: A AÇÃO TEATRAL – os princípios básicos da biomecânica teatral para a construção da ação Local: DAD (General Vitorino, 255 – Centro) 20 vagas 5 ouvintes Ministrante: Claudio Massimo Paternò (Italia) e Marcelo Bulgarelli (Porto Alegre) Público Alvo: Para atores, bailarinos, diretores e estudantes de teatro. 20 vagas.



ENTRADA FRANCA Para a oficina, inscrições gratuitas – enviar currículo e carta de intenção para o email teatrotorto@gmail.com, até o dia 20 de julho de 2010. Informações: 51 96761843