quinta-feira, 30 de maio de 2013

O REI DA VELA - Comentário Crítico


“O Rei da vela” de Oswald de Andrade é um texto que faz parte da história moderna do teatro brasileiro. Texto enigmático, que começou a escrever em 1933 e editou em 1937, aborda questões que sintetizam a vida de um burguês dentro do sistema capitalista, dentro de um grande painel histórico, político e filosófico, para a criação paródica de “O Rei da vela”. 
O texto manifesta a imensa amargura de Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para equilibrar-se financeiramente. Esse seu contato forçado com agiotas foi, provavelmente, a causa da caracterização de um agiota como Rei da Vela. Mas o texto supera a experiência pessoal de Oswald: ele fornece, sem falsas sutilezas, os mecanismos da engrenagem em que se baseia o esquema sócio-econômico do país.
A preocupação de Oswald, por estar tão à frente da época, parecia nem pertencer à realidade do teatro brasileiro. Ligado a questões políticas, investigou a fundo a questão da antropofagia, que radicalizou o modo de pensar no teatro brasileiro.
Tudo isso, para chegar ao espetáculo apresentado pelo Grupo Pode ter inço no jardim, de Canoas, ...

Leia o texto na íntegra no blog OLHARES DA CENA

domingo, 26 de maio de 2013

A FILHA DA ESCRAVA


1883. Porto Alegre no período pré-abolição da escravatura. Ersilia (Caroline Faleiro), uma adolescente negra que vive com seu pai (Leonardo Nunes) e seus avós brancos (Daniel Barcellos e Fernanda Sturmer), tenta descobrir o paradeiro de sua mãe, uma mulher negra ainda cativa (Glau Barros), que presta serviços em sua própria casa, que é impedida por seus donos de revelar a verdade. Carlos (Diego Ferreira), um amigo da família com ideais abolicionistas tenta convencer os amigos a reverter este quadro que envolve o drama da mãe escrava que convive com sua própria filha, sem no entanto poder revelar ser ela sua mãe, para evitar que o estigma da escravidão comprometesse o status social da filha. Alex Gonzaga faz uma participação especial, trazendo a cena a ancestralidade do povo negro. 
Este espetáculo faz parte da disciplina de Encenação Teatral da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, orientada pela professora Jezebel de Carli e tem a direção do aluno Gil Collares. Ainda a equipe conta com a assessoria teórica de Milena Cassal, iluminação de Juliano Canal, figurinos de Gustavo Diestmann e ambientação cênica de Tuane Bessi. 

Dia 03 de Junho - 21h 
Porão da Estação da Cultura - Montenegro
ENTRADA FRANCA 
(Distribuição de senhas 1h antes)


SINFONIA SONHO - Comentário Crítico


O espetáculo “Sinfonia Sonho” é nos apresentado como uma tragédia contemporânea, trazendo a tona uma narrativa que parte do massacre de crianças na Escola Tasso da Silveira, em Realengo e que também dialoga com outros referenciais para a construção da dramaturgia. Em cena, uma criança de nove anos, Kevin (interpretado magistralmente pelo ator Márcio Machado), é tomado pelo desejo de se tornar música, por conta de uma peça teatral que está ensaiando em sua escola. 
A narrativa que parte deste mote, teria muitos motivos para cair ...

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

HAMLET


HAMLET
HAMLET
de William Shakespeare
direção de Ron Daniels, com Thiago Lacerda
De 23 a 26 de maio de 2013, de quinta à sábado às 21h e domingo às 18h no Theatro São Pedro

O fantasma do velho rei da Dinamarca à procura de seu filho e clamando por vingança está de volta. A partir de 23 de maio, a tragédia de Hamlet será revisitada por um elenco de 15 atores e com Thiago Lacerda no desafiador papel-título. Depois de uma bem-sucedida estreia em São Paulo, o espetáculo chega a Porto Alegre para curta temporada no Theatro São Pedro. As apresentações acontecem de 23 a 25 de maio às 21h e 26 de maio, domingo, às 18h.

domingo, 12 de maio de 2013

ZUCCOS - Comentário Crítico


“Zuccos” é a adaptação de texto “Roberto Zucco” de Bernard-Mariè Koltès e trás a tona o tema da violência presente na sociedade moderna. O título do espetáculo “Zuccos” no plural, já detona que a cena explorará não apenas o cerne do texto de Koltès, mas toma este como base e amplia as possibilidades de leituras acerca do tema, transformando a cena num grande painel fragmentado que trata da violência de forma nua e crua, mas sem perder a poética e estética.
É a segunda vez que assisti ao trabalho e pude vislumbrar o amadurecimento da proposta inicial, do elenco original apenas uma alteração, a entrada do ator Frederico Vittola, que em minha opinião acrescenta muito ao trabalho. Outro fator que me faz crer que engrandece o trabalho, é a proximidade com o espectador, já que a cena é recheada de signos, de uma estética que requer uma atenção do espectador, ações simultâneas, textos ditos em primeira pessoa, narração, creio que esta aproximação cria uma comunicação maior e direta com o público.
As cenas fragmentadas estão bem amarradas, num fluxo intenso e vivo, assim como a dramaturgia que estabelece uma tensão crescente e potente. A contradição entre o corpo e a palavra é uma qualidade do trabalho, pois não sublinha o que o texto já está dizendo, mas sim propondo outros signos para a encenação. Os diálogos com as lanternas próximos a plateia são ótimos, carregados de intensidade, assim como os depoimentos (reais!) dos atores. A cena com os balões vermelhos é de uma sensibilidade extrema, colocando a mãe no foco da discussão.
O elenco é coeso, intenso e entregue, mas destaco ...

Leia o comentário na íntegra no blog OLHAR(es) DA CENA.

domingo, 5 de maio de 2013

PADOX DANS LA CITÉ - Comentário crítico




O que é ser Padox? Padox é ser estranho e belo ao mesmo tempo. É exótico e tenro. Padox através de um trajeto pelo Parque Farroupilha, levou os transeuntes a acompanharem seus movimentos sutis e encantou quem estava por lá.  São criaturas, com corpos desproporcionais, e um rosto que remete ao passado, aos ancestrais, a outro mundo. As figuras interagem ...

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VIDA ALHEIA - Comentário crítico


Assistir “Vida Alheia” dentro do projeto Novas Caras da Prefeitura foi uma grata surpresa. Trata-se de um espetáculo simples em sua essência, porém muito potente em sua realização. 
Os méritos do projeto começam na escolha do Grupo Artes e Letras, que tem quinze anos de existência, em levar aos palcos grandes clássicos da literatura. E neste projeto Arthur de Azevedo foi à escolha, onde a cena estruturou-se através de cenas curtas que tem em comum, uma série de personagens e tipos que possuem o hábito de falar da vida alheia da sociedade onde vivem. E Arthur através disso constrói um texto embasado para criticar os costumes cariocas da época. 
A encenação parte do pressuposto de que o menos é mais, economiza nos cenários, utilizando apenas duas cadeiras e poucos objetos, para potencializar o trabalho dos atores. Os figurinos de J. Alceu são muito bem elaborados, e condizentes com a proposta de construir um teatro de época, além de belo, auxiliam muito na construção das figuras e personagens. A iluminação é simples e está a serviço da cena. 
Direção e elenco são os grandes responsáveis pelo sucesso desta peça, pois o diretor conseguiu ... 

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

DESTAQUES DO PALCO GIRATÓRIO 2013!

Semanas atrás fui no lançamento da edição do Festival Palco Giratório Sesc RS deste ano e pude ter em mãos o catálogo da edição completa. Este ano a programação está farta, diversa e tem espetáculos para todos os gostos. Espetáculos de teatro, dança e circo, assim como oficinas de desenvolvimento artístico-cultural, tomarão conta dos mais variados espaços da Capital gaúcha, entre os dias 3 e 28 de maio, com o 8º Festival Palco Giratório Sesc/POA. 
O grande homenageado desta edição é o Ilo Krugli, mentor do Teatro Ventoforte, grupo paulista que existe há quase 40 anos. 
Na programação tem destaques que estiveram na edição passada e que merecem serem revistos ou conhecidos como "O filho eterno" com a Cia Atores de Laura e o espetáculo "Luis Antonio-Gabriela" da Cia. Mungunzá que arrasou corações quando passou pelos palcos gaúchos.  Outra presença marcante é a do ator Guido Campos Correa com seu espetáculo "Boi" dirigido por Hugo Rodas. Já a Armazém Cia. de Teatro, umas das mais respeitadas do Brasil trás neste ano seu mais recente trabalho "A marca da água" , com certeza um grande momento do festival, imperdível!!! "Ausência" da Cia. Dos à Deux trás Luis Melo num trabalho de entrega corporal e merece destaque. "Cachorro Morto" da Cia. Hiato é outra grande aposta pela pesquisa que vem desenvolvendo acerca de questões da sociedade. Outro destaque é o espetáculo "Maravilhoso", um espetáculo idealizado pelo ator Paulo Verlings (ator de "Rebú") e que trás a direção de Inez Viana e um elenco de destaque. Cacá Carvalho merece atenção em seu "Um nenhum cem mil" baseado em Pirandello. "Popcorn" trás Jô Bilac, o dramaturgo sensação dos últimos anos, neste trabalho além da função de dramaturgo assume a direção e por isso merece atenção. 
Dentre os espetáculos gaúchos presentes no festival, indico todas, sem exceções, pois os espetáculos presentes são um recorte do atual teatro gaúcho, destaque para a mostra do Grupo Ato Espelhado e a estreia do Teatro Sarcáustico. 
Outro destaque é o 14º Simpósio da Internacional Brecht Society, que está integrada a programação.
Os ingressos já estão a venda e maiores informações estão disponíveis no site do SESC RS