terça-feira, 30 de novembro de 2010

Divulgados RUMOS ITAÚ DE TEATRO

Saiu o resultado do edital do Rumos Itaú de Teatro, e o Rio Grande do sul conta com dois representantes, aliás, representantes muito expressivos, cada um a seu modo de pesquisa, mas estamos muito bem representados, pelo pessoal de "A caixa de elefante" e do pessoal do "Ói nóis aqui traveiz", incansáveis em suas pesquisas de linguagem e disseminadores do (bom) teatro realizado por aqui. Parabéns e agora é aguardar pelo resultados destes intercâmbios.
Seguem abaixo os resultados do edital do Rumos Teatro 2010-2012:
Teatro
Nesta primeira edição do Rumos Teatro, foram inscritos 165 projetos e selecionados 12. O edital foca o intercâmbio de práticas e a articulação entre grupos de teatro de todas as regiões do Brasil. Nesse sentido, o programa permitiu a inscrição conjunta de dois grupos, para que possam desenvolver uma pesquisa juntos. 
Inicialmente, o edital previa selecionar dez projetos; no entanto, diante da grande variedade e da qualidade dos trabalhos inscritos – com a participação de 330 grupos de todo o país – foram selecionados 12 projetos, contemplando, assim, 24 grupos com propostas e pesquisas cênicas bastante diversificadas: teatro de rua, circo, teatro físico, entre outros. 
Cada grupo receberá de 56 mil a 88 mil reais [dependendo dos gastos que terão com as passagens aéreas] para desenvolver a pesquisa e cobrir despesas de viagem, de modo que se garantam encontros presenciais entre os grupos. 
Os resultados dos encontros serão exibidos em uma mostra do Itaú Cultural no segundo semestre de 2011, na qual os selecionados apresentarão os processos de desenvolvimento das pesquisas, seja por meio de discurso, seja por meio de debate, encenação ou montagem. 
Além disso, manterão um blog por um período mínimo de seis meses para que o público possa acompanhar os debates e as pesquisas realizados nas parcerias. 
Conheça os selecionados de cada categoria.
- Prêmio de 56 mil reais 
Grupo Caixa do Elefante (RS) e Grupo Pequod (RJ): O ator animador e o processo criativo no teatro de animação realizado pelos grupos
Núcleo Argonautas (SP) e Cia Senhas de Teatro (PR): Narrativas urbanas na terra sem lei
Grupo de Teatro Celeiro das Antas (DF) e Grupo Teatro Experimental da Alta Floresta (MT): Florestas e antas, experiências teatrais – em busca de um teatro possível
Grupo Companhia Silenciosa (PR) e ERRO Grupo (SC): Salsichão no Boquerão/tainha na Prainha 
Cia Teatro Autônomo (RJ) e Os imãos Guimarães (DF): ciateatroautônomo + irmãosguimarães
OPOVOEMPÉ (SP) e Grupo LUME (SP): Composição de matrizes ou matrizes em composição?
Espanca! (MG) e Companhia Brasileira de Teatro (PR): um outro si mesmo – troca de pacotes
Grupo Bagaceira de Teatro (CE) e Coletivo Angu de Teatro (PE): Conexões coletivas: angu e bagaceira
Cia dos Atores (RJ) e Os Fofos Encenam (SP): (re)soluções para ontem: inventar o passado  
- Prêmio de até 72 mil reais 
Grupo Clowns de Shakespeare (RN) e grupo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS): Conexão Música da Cena – RN/RS  
- Prêmio de até R$ 88 mil 
Grupo Será o Benedito? (RJ) e Grupo O Imaginário (RO): A oralidade e a cameloturgia – uma pesquisa cênica do porto ao rio
Grupo Teatro do Concreto (DF) e Grupo Magiluth (PE): Do concreto ao mangue, aquilo que meu olhar guardou pra você…   
- Comissão de seleção
Antônio Araújo (São Paulo/SP), diretor artístico do Teatro da Vertigem e professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).
Fernando Villar (Brasília/DF), diretor, autor, encenador e performador. Graduado em artes plásticas pela Universidade de Brasília, pós-graduado em direção no Drama Studio London e doutor em teatro pela Universidade de Londres.
Hebe Alves (Salvador/BA), doutora em artes cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) – com doutorado na Universidade de Nanterre, França – e bacharel em direção teatral.
José Fernando Peixoto (São Paulo/SP), dramaturgo, diretor do Teatro de Narradores e professor da Escola de Arte Dramática da USP. Doutor em filosofia pela USP.
Maria Tendlau (São Paulo/SP), educadora, diretora e atriz. Membro do Coletivo Bruto, atua em políticas públicas para o teatro tendo implantado e coordenado o Projeto Vocacional (SMC-SP, de 2001-2004).
Olinda Charone (Belém/PA), atriz, diretora, pesquisadora e professora de Teatro na Universidade Federal do Pará (UFPA). Doutora em artes cênicas pela UFBA. 
Pita Belli (Patricia de Borba) (Blumenau/SC), atriz, diretora teatral e professora na Universidade Regional de Blumenau no bacharelado em teatro. Dirige o Grupo Fãs de Teatro e também o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau. 
- Representante do Itaú CulturalRumos Itaú Teatro
Sonia Sobral, gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural (sem direito a voto na comissão de seleção).

Seminário TEATRO, PERFORMANCE e POLPITICA

Foto: Pedro Lucas "Yerma"


Iniciou hoje na Terreira da Tribo o Seminário Teatro, Performance e Política, homenageando os 10 anos da Escola de Teatro Popular, um espaço de formação e reflexão das artes Cenicas do Brasil. Diversas vezes já acompanhei os seminários e espetáculos ao longo destes 10 anos e é louvável esta iniciativa da Terreira da Tribo.

De hoje a sexta-feira, sempre às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1.186, fone 51 3286-5720), em Porto Alegre, com entrada franca

Hoje (30/11)Palestra Panorama do Teatro Político na América Latina, com Silvana Garcia (pesquisadora e professora da USP) e Valmir Santos (jornalista e crítico teatral)
Quarta-feira (1º/12)Palestra O Corpo Ausente (Performance Política), com Miguel Rubio Zapata (fundador e diretor do grupo Yuyachkani, do Peru) e mediação de Silvana Garcia
Quinta-feira (02/12)Palestra Cenários Liminares – Teatralidades, Performance e Política, com Ileana Diéguez Caballero (pesquisadora e professora da Universidade Autônoma Metropolitana, do México) e mediação de Valmir Santos
Sexta-feira (03/12)Lançamento da revista de teatro Cavalo Louco nº 9 (edição especial em comemoração aos 10 anos da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo) e do livro Processo Colaborativo e Experiências de Companhias Teatrais Brasileiras (Hucitec), de Stela Fischer, com bate-papo com grupos de teatro de Porto Alegre (mediação de Maria Amélia Gimmler Netto)

V ENCONTRO DE ARTE DE MATRIZ AFRICANA - Panorama de Arte Negra


De 6 a 12 de dezembro de 2010

Organizado pelo Caixa-Preta, o Encontro de Arte de Matriz Africana é uma celebração à brasilidade, marcada pela afirmação das múltiplas identidades populares e das tendências contemporâneas de companhias de teatro e dança negras no Brasil. Visa a promover uma aproximação entre as diversas modalidades artísticas de matriz africana: teatro, dança, artes plásticas e cinema do Rio Grande do Sul e do Brasil, possibilitando a troca de experiências, pesquisas estéticas e conhecimentos, ocupando espaços tradicionais dedicados as artes cênicas.Desde sua primeira edição, o Encontro tem a curadoria de Jessé Oliveira, diretor do Grupo Caixa-Preta, responsável pela concepção e coordenação do evento. 
O Encontro de Arte de Matriz Africana, realizado ininterruptamente desde 2006, tem se firmado no calendário cultural da cidade de Porto Alegre, trazendo uma reflexão sobre o momento atual da arte negra e dadiversidade cultural brasileira. Este ano, o Encontro foi contemplado com o Prêmio FUNARTE Festivais de Artes Cênicas. 
Além de Orirê, nesta edição estarão presentes os seguintes espetáculos: O Cheiro da Feijoada, Os Sete Ventos, do Rio de Janeiro; Ponto Riscado, de Belo Horizonte; Negro de Estimação, de Recife; O Samba do Crioulo Doido, de São Paulo, junto aos espetáculos gaúchos Chão, Dois Nós na Noite, E Se África, Minas de Conceição Evaristo, Negrinho do Pastoreio e performances circenses, com Eder e Débora Rodrigues. Também serão realizadas oficinas com Gil Amâncio (BH), Carmen Luz (RJ) e Edson Cardoso (DF) e debates com Julio Moracen (Cuba), Ângelo Flávio e Evani Tavares (Salvador), Cuti e Maria Gal (SP), Cidinha da Silva (RJ), Wagner Carvalho (Berlin), e Cristiane Sobral (DF). 
Ainda está prevista a estréia de Dois Nós na Noite, de Cuti, com o Grupo Caixa-Preta, interpretação de Adriana Rodrigues e participação especial de Márcio Oliveira e direção de Jessé Oliveira. Durante o Encontro será lançada a Revista Matriz, dedicada às artes de performance afro-brasileiras com artigos e ensaios dos mais importes investigadores da arte negra contemporânea. 
Todas as atividades artísticas são gratuitas para o público nos seguintes locais: Teatro de Arena, Teatro Renascença, Sala Álvaro Moreyra e Teatro de Câmara Túlio Piva.

OFICINAS
Outra novidade: já estão abertas as inscrições para as oficinas do V Encontro de Arte de Matriz Africana. Serão duas as ofertas: uma de Trilha Sonora, coordenada pelo músico, ator, educador e diretor artístico Gil Amâncio (dias 08 e 09 de dezembro, no CMC) e uma de dança com a bailarina e coreógrafa Carmem Luz (dias 09 e 10 de dezembro, Sala Álvaro Moreyra). Serão disponibilizadas 20 vagas por oficina. Os interessados devem remeter inscrição com currículo para o e-mail grupocaixapreta@yahoo.com.br
Evento oferece oficinas com vagas limitadas e entrada franca
Dentro da programação do V Encontro de Arte de Matriz Africana, que se realizará de 06 a 12 de dezembro, em Porto Alegre, serão realizadas duas oficinas – uma de trilha sonora e uma de dança -, com entrada franca, visando a troca de experiências entre os grupos convidados. Serão oferecidas 20 vagas por oficina. Os interessados devem remeter inscrição com currículo para o e-mail grupocaixapreta@yahoo.com.br
O resultado dos selecionados será divulgado na próxima terça-feira, 07 de dezembro, e afixado no saguão do Centro Municipal de Cultura (Avenida Erico Verissimo, 307) e no blog http://artematrizafricana.blogspot.com
Oficina de Trilha Sonora, coordenada pelo músico Gil Amancio, será realizada nos dias 08 e 09 de dezembro, quarta e quinta-feira, às 15h, no Auditório do Atelier Livre, no Centro Municipal de Cultura. Tem comoobjetivo proporcionar aos participantes a imersão num ambiente intermídia, onde, a partir de exercícios de improvisação, poderão experimentar o uso do corpo, da voz e do som presentes nas artes negras contemporâneas em interação com as tecnologias digitais de áudio e vídeo, num processo de criação. A oficina contará com a participação da artista visual Gabriela Guerra, do Vj Tatu Guerra e do dançarino Leandro Belilo. 
         A Oficina de Dança, com Carmem Luz, ocorrerá nos dias 09 e 10 de dezembro, quinta e sexta-feira, às 15h, na Sala Álvaro Moreyra, no Centro Municipal de Cultura (Avenida Erico Verissimo, 307). Intitulada “Negro Movimento - Motivação, Pesquisa e Criação Coreográfica”, a oficina terá 30 vagas. A ministrante abordará questões teóricas e práticas acerca da pesquisa de movimento e criação coreográfica. Se propõe, ainda, a criação de uma performance a partir das células coreográficas resultantes do trabalho realizado pela coreógrafa e os participante da oficina.
          O V Encontro de Arte de Matriz Africana, realizado ininterruptamente desde 2006, tem se firmado no calendário cultural de Porto Alegre trazendo uma reflexão sobre o momento atual da arte negra e da diversidade cultural brasileira. Este ano, o Encontro foi contemplado com o Prêmio FUNARTE Festivais de Artes Cênicas.
Organizado pelo Caixa-Preta, o Encontro de Arte de Matriz Africana é uma celebração à brasilidade, marcada pela afirmação das múltiplas identidades populares e das tendências contemporâneas de companhias de teatro e dança negras no Brasil. Visa a promover uma aproximação entre as diversas modalidades artísticas de matriz africana: teatro, dança, artes plásticas e cinema do Rio Grande do Sul e do Brasil, possibilitando a troca de experiências, pesquisas estéticas e conhecimentos, ocupando espaços tradicionais dedicados as artes cênicas. Desde sua primeira edição, o Encontro tem a curadoria de Jessé Oliveira, diretor do Grupo Caixa-Preta, responsável pela concepção e coordenação do evento.
Quem é Gil Amâncio?


Gil Amâncio é músico, ator, educador e diretor artístico. Ao longo desses anos criou companhias como a Sonho e Drama, Cia. SeráQue?, Sociedade Lira Eletrônica Black Maria. recebeu vários prêmios e representou o Brasil em festivais na África, Alemanha, Argentina, Cuba, França, Suíça, Venezuela. Em 95 idealizou o FAN – Festival Internacional de Arte Negra e em 2008 ganhou o Prêmio TIM de Música - categoria melhor Grupo Cultural com o Cd “Ta Caindo Fulô”, do Grupo Meninas de Sinhá. Fêz a  pré-produção do disco Do Oiapoque a Nova Iorque, do rapper Renegado. Compôs trilha sonoras para espetáculos de dança, teatro e para cinema; fez a trilha do filme Uma Onda no Ar, de Helvécio Ratton. É professor de trilha sonora no curso de formação de atores do Cefar – Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado Criador e coordenador do NEGA – Núcleo Experimental de Arte Negra Contemporânea. 
Quem é Carmen Luz ?
Carmen Luz é coreógrafa, dançarina, diretora de teatro e realizadora de cinema-documentário e vídeos de dança. Desde 1994 criou e dirige na cidade do Rio de Janeiro a Cia.Étnica de Dança e Teatro. Atua como artista independente e ativista criando e coordenando diversas ações artísticas, sócio-culturais e educacionais em favelas da zona norte da Cidade do RJ e equipamentos culturais do município do RJ. Desde 2009 é diretora do Centro Coreográfico da cidade do Rio de Janeiro.

Contatos com a produção:
(51) 99932445 (Nina) e 84057964/ 78149020 (Jessé)

Assessoria de Imprensa:
Silvia Abreu (MTB 8679-4) Fones: 51-92772191 / 91455313 / 85179478



Ficha Técnica
Realização: Grupo Caixa-Preta e Associação dos Amigos do Teatro de Arena
Financiamento: FUNARTE
Parcerias: Associação dos Amigos do Teatro de Arena - Teatro de Arena - CAC – Coord. de Artes Cênicas / Secretaria Municipal da Cultura Porto Alegre - Xirê – Jogodedança - Africanamente
Coprodução: Yahya Produções Artísticas
Coordenação geral e curadoria: Jessé Oliveira
Coordenação de produção: Nina Fola
Coordenação dos debates: Vera Lopes
Coordenação de recepção: Josiane Acosta
Logística de espaços: Adriana Rodrigues
Organização de oficinas e palcos: Robson Duarte
Técnica: Miguel Tamarajó (Jacka) - Paulo Rodriguez
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu


http://artematrizafricana.blogspot.com
http://grupocaixa-preta.blogspot.com


Assessoria de Imprensa:
Silvia Abreu (MTB 8679-4) Fones: 51-92772191 / 91455313 / 85179478

domingo, 28 de novembro de 2010

PRÊMIO AÇORIANOS DE TEATRO E DANÇA 2010 e PRÊMIO TIBICUERA DE TEATRO INFANTIL!

Depois de um ano bastante promissor nos palcos da Capital, já está marcado para o dia 06 de Dezembro o lançamento das indicações dosPrêmios Açorianos de Teatro e Dança e Prêmio Tibicuera de Teatro Infantil!
Vamos conhecer os indicados junto a um super show do Marcelo Delacroix, com participação do músico uruguaio Dany López.
A banda conta com um time de músicos de primeira: Pedro Figueiredo (sax e flauta), Veco Marques (violões), Nico Bueno (baixo) e Giovanni Berti (percussão), além do próprio Marcelo (voz e violão) e do uruguaio Dany (teclado e voz).
A boa nova é que esse ano a tradicional cerimônia de premiação chegará mais cedo. O ano volta a ser encerrado com uma grande festa para comemorar o melhor da produção do teatro e da dança da cidade, no dia 17 de dezembro. Os Prêmios Açorianos de Teatro e Dança e Tibicuera de Teatro Infantil 2010 são uma realização da Secretaria Municipal da Cultura e contam com o financiamento da Lei de Incentivo do Estado do Rio Grande do Sul, patrocínio da Oi e da Caixa Econômica Federal, com apoio da Oi Futuro.
Agora é esperar o dia 6 para conhecer-mos os indicados e depois torcer para os considerados melhores deste ano ímpar do teatro gaúcho.
Fonte: MAIS TEATRO



terça-feira, 23 de novembro de 2010

AUTO DA PAIXÃO E DA ALEGRIA - TIMBRE DE GALO

Pessoal, nesta 6ª feira o Válvula de Escape vai dar uma pausa em seus ensaios para assistir ao Grupo Timbre de Galo de Passo Fundo, que traz a Montenegro o seu espetáculo "Auto da paixão e da alegria". Trata-se de uma divertida comédia feita a partir de versões populares das estórias da Paixão de Cristo. A peça narra de forma divertida o exemplo de conduta humana deixado pela passagem de Jesus Cristo na terra, a partir do imaginário da cultura popular brasileira. Cantando e dançando, cria-se e recria-se o enredo em benefício da alegre inventividade das versões populares e profanas.
Texto: Luis Alberto de Abreu
Adaptação: Edimar Rezende e Mario Alberto de Santana
Direção: Mario Alberto de Santana
Elenco: Beliza Marroni, Carlinhos Tabajara, Eliézer Machado, Guto Pasini, Mara Cavalheiro e Miraldi Junior

Classificação etária: livre
Duração: 70 min
Horário:

26/11 – Montenegro
Local: Estação da Cultura (rua Osvaldo Aranha, 2215)
Horário: 20h30min

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ASSOVIO NO VENTO ESCURO Apresentação

ASSOVIO NO VENTO ESCURO
Apresentação

            O romance “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector foi o nosso mote principal de pesquisa. Escrito em 1977 fascina por sua escrita envolvente. E o que nos moveu foi a grande potencialidade cênica contida nesta obra. Encaramos o desafio de levar a cena um texto que não foi feito para ser encenado. Procuramos evidenciar aquilo que é cênico, tentando não perder a força do original, mas também tentando nos libertar frente ao texto, nos permitindo criar sentidos ao invés de explicações literárias.
            “Assovio no vento escuro” é o primeiro trabalho do Grupo Válvula de Escape, resultado de 10 meses de intensa pesquisa e ensaios. O grupo foi fundado em janeiro de 2010, a partir da união de artistas oriundos da Uergs.  O nosso propósito é o de pesquisar e compartilhar questões sobre o teatro contemporâneo. Dentro da nossa “Válvula” estão inseridos e misturados artistas com diversas formações, estudantes, atores, professores, artistas visuais, figurinistas, filósofos e um diretor, colaborando para criar uma diversidade de linguagens, enriquecendo o nosso trabalho. O grupo é um pólo constante de discussão e produção de teatro, que neste ano dividiu suas atividades em: pesquisa e estudo teórico sobre a história do teatro, compartilhamento através de um workshop e uma oficina de iniciação teatral, criação e ensaios do espetáculo “Assovio...”, além de manter um blog onde são discutidos temas sobre a arte teatral. Além de marcar a estréia do grupo, marca também a estréia de um novo espaço de encenação em Montenegro, o porão da Estação da Cultura. Trata-se da ocupação de um espaço público, que serviu para a gestação de um processo criativo em teatro. A utilização do espaço foi crucial neste processo, pois o que inicialmente era para resultar em uma montagem para espaço tradicional, acabou transformando-se num espetáculo onde o espaço é o principal atrativo. Ao longo do ano, focamos a pesquisa na teatralização de espaços não-convencionais, pesquisa esta que nos ajudou muito a entender e utilizar este fundamental espaço de arte e cultura de nossa cidade. Exploramos todo o porão da Estação e seus arredores.  O resultado é espetáculo onde o espectador está dentro da ação da peça, vivenciando e participando ativamente do espetáculo. 
            Tão tortuoso é o trajeto de um processo de criação, há momentos insuspeitados, divertidos, desafiadores, de perdas e também ganhos, tanto de incertezas e invisível, de buscar seu colega e arriscar-se, abandonar o medo, as amarras, as lógicas, o querer. Deixar tudo pra trás, deixar-se ir, abandonar-se ao desconhecido, ouvir, silenciar.
A magia do teatro está nessa ocasião ímpar de encontro, que não é dada ou certa, nem para o ator nem ao espectador.
            “Assovio no vento escuro” é uma releitura de uma obra clássica da literatura brasileira, é a nossa visão acerca da vida de Macabéa, uma retirante nordestina semi-analfabeta, que era incompetente para a vida. Trata-se de uma história de inocência, de uma história de anonimato, de uma história de preconceitos. Fica apenas a constatação de que cada ser é um fragmento ou parte de algo.
A encenação parte de dois estímulos: Primeiro do enigmático texto de Clarice Lispector, que não é um texto dramático, é um texto literário. Aí já tínhamos um problema a ser sanado, de como transformar a palavra em ações, de como transformar literatura em teatro. Talvez este fosse, a nossa grande dificuldade deste projeto, de como adaptar uma obra literária para o teatro sem que isto signifique desqualificar o original do autor. No momento em que iniciamos a adaptação do texto, já estávamos tornando os escritos da Clarice nossos, ou seja, começamos a “operar” o texto, retirar a narração e transformar o que era narrativo em dramático, no sentido de construir diálogos, relações entre personagens e criar imagens. O roteiro inicial tinha um pouco mais de trinta páginas, o segundo já se resumiu a vinte páginas, e a cada nova revisão do roteiro, e na medida em que vamos materializando o espetáculo, mais textos eram suprimidos e outros inseridos. Mas nada está finalizado, a menos de um mês de nossa estréia, o roteiro continua em plena transformação, sofrendo mudanças a cada ensaio. Atualmente o roteiro resume-se a onze páginas, ou seja, a dramaturgia textual resume-se a algumas páginas, mas somados ao texto temos a dramaturgia do espaço, a dramaturgia da sonoridade, a dramaturgia dos corpos e a dramaturgia da encenação, ou seja, dramaturgia(s).
Iniciamos o nosso trabalho com a leitura individual do livro “A hora da estrela”, em seguida partindo para leituras coletivas. Paralelo a este trabalho, realizamos leituras de bibliografias e artigos relacionados à vida e obra de Clarice Lispector e artigos sobre o trabalho do ator, assim como estudos acerca do uso de espaços teatrais não convencionais.
Nosso segundo estímulo foi o de fazer a concepção do espetáculo, pensamos em pesquisar sobre a teatralidade, desmitificando o jogo teatral, usando uma metalinguagem na criação da peça, inicialmente pensada para o palco. Mas à medida que avançávamos, percebíamos que as soluções encontradas no processo nos levavam a outro tipo de concepção, foi quando resolvemos assumir o espaço do porão da Estação da Cultura, pois este espaço é a nossa atual sede, local de ensaios e encontros, então porque não aproveitar este espaço e realizar a encenação no próprio espaço onde ensaiávamos, facilitando assim nossa relação e aproveitamento com o espaço.
Diante disso, apostamos nessa relação com o espaço e com o público, investigando a relação do ator x espectadores, ator x texto e ainda de quebra apresentar um novo espaço possível de encenação na cidade, cidade das artes, porém com escassos espaços de ensaios e apresentações para os grupos artísticos da cidade.
Agora é esperar a chegada do público para que o momento mágico do teatro aconteça, pois sem ele não há magia teatral. 
            “Não, não é fácil escrever. É duro como quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados. Ah que medo de começar e ainda nem sequer sei o nome da moça. Sem falar que a história me desespera por ser simples demais. O que me proponho a contar parece fácil e á mão de todos. Mas a sua elaboração é muito difícil. Pois tenho que tornar nítido o que está quase apagado e que mal vejo. Com mãos de dedos duros enlameados apalpar o invisível na própria lama. (Clarice Lispector)”




FICHA TÉCNICA
Assovio no Vento Escuro
Baseado na obra “A Hora da Estrela” de Clarice Lispector.
Textos de Clarice Lispector, Ramón Griffero.
Direção e Dramaturgia:
Diego Ferreira
Elenco : Ana Denise Ulrich, André Susin, Leonardo Nunes, Lucimaura Rodrigues, Martina Nichel, Tuane Tain Bessi e Elton Ambrozí.
Trilha Sonora executada ao vivo: Elton Ambrozí
Execução de Figurinos:
Solange Modena
Projeto Gráfico:
Daiane Göessling Ferreira
Assessoria Filosófica: André Susin
Produção e Divulgação:
Diego Ferreira e Válvula de Escape




TEATRO, PERFORMANCE E POLÍTICA - Seminário

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pessoal, apresento o cartaz de nosso espetáculo, que foi feito pela design Daiane Goessling Ferreira. A estreia de "ASSOVIO NO VENTO ESCURO" será no dia 9 de dezembro, com temporada nos dias 9,10,11,12,14,15 e 16 de dezembro, sempre as 20 h na Estação da Cultura de Montenegro. Os ingressos custam R$ 5,00 e podem ser reservados através do fone 8177.4446 ou do e-mail escapeteatro@bol.com.br, pois cada apresentação terá capacidade de 20 espectadores, e a apresentação do dia 15 já está com ingressos esgotados. Portanto corra e garanta o seu ingresso.  

Que país é esse? Policia tenta parar apresentação do Grupo Levanta Favela na Esquina Democrática


A Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta FavelA... apresentava seu espetáculo de Teatro de Rua “Árvore em Fogo”, quando vários soldados da Brigada Militar tentaram interromper a apresentação com ameaças de prisão e gritos para intimidar os atores.
O Grupo Teatral, em um ato de resistência, levou a apresentação até o final. Quando foi detido. Não podendo deixar o local, nem levar o material cênico embora, seguiram para a Delegacia de Polícia, para “identificação”. Um cidadão que passava resolveu não ficar calado diante de tão absurda atitude dos soldados: se identificou como advogado e os acompanhou.
Argumento da BM para interromper a apresentação: "algumas pessoas não estavam gostando" (???). Depois de algum tempo de discussão, foram identificados e liberados.
...enquanto isso, quantos crimes de fato estariam ocorrendo nas proximidades??

Esta intervenção da BM desrespeita o Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 que diz: "É LIVRE A EXPRESSÃO DA ATIVIDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTEMENTE DE CENSURA OU LICENÇA"
Este foi mais um ato estúpido, inexplicável e inconstitucional da Polícia.

Em nome de todos os artistas trabalhadores do Rio Grande do Sul, expressamos:


A ARTE NÃO VAI PARAR!


Repudiamos a repressão da Brigada Militar! Arte não é crime, é um direito de todos!
Abaixo ao desrespeito com os artistas, à burocratização e cobranças para utilização de espaços públicos que são nossos espaços, pertencentes ao povo!!

Manifesto de Artistas acontecerá dia 17/11/2010 na Esquina Democrática!

A grade de programação está pré estabelecida:

12h: Abertura, início da distribuição dos panfletos e leitura do Art V

13h: Apresentação TIA

14h: Artistas da Fome

15h: Apresentação do Caio

16h: Roda de Capoeira

17h: Cia UmPédeDois

18:30h: Apresentação Levanta FavelA..

Temos ainda confirmadas a presença dos Grupos: Caixa Preta e Oi Nois Aqui Traveiz e diversos artistas que não levarão suas apresentações, mas estarão por lá com seus instrumentos. A imprensa também já confirmou presença para fazer a cobertura do evento!
É isso ai, compareça, faça valer sua força enquanto cidadão ou mesmo artista! De forma pacifica e artística temos que fazer a situação mudar, a rua voltar a pertencer ao Povo!
Organização: RBTR/RS
Rede Brasileira de Teatro de Rua / RS




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HYBRIS - Grupo Falos & Stercus

Dando sequência a safra de boas estreias do teatro gaúcho, lá vai mais uma bela opção, o novo espetáculo do Falos, que estreia dia 20. Contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, Hybris é uma ponte entre o trágico e o contemporâneo. Em Hybris, as paredes se movem em torno do público para imergi-lo no universo fantástico de personagens emparedados num tempo de desmedidas e questionamentos sobre uma civilização que colocou em risco sua própria existência. Nesse espetáculo do Falos, o público é jogado dentro de lúdicas instalações do premiadíssimo artista plástico Luiz Marasca para vivenciar um surpreendente existencialismo erótico, repleto de provocações e gozo estético. Hybris é a desmedida, a geradora do trágico. É esse o paralelo que a dramaturgia do espetáculo faz com nosso tempo de forma contemporânea e não linear. Ao propiciar o encontro entre o arcaico e o contemporâneo, o dramaturgo compõe uma unidade híbrida, na qual teatro, dança, e artes visuais dialogam com fluidez para falar da decadência de uma sociedade de emparedados. 



Os prédios do Hipódromo do Cristal são considerados obras-primas da arquitetura brasileira e uruguaia, que encontram destaque no plano mundial. Desenhados em estilo moderno pelo arquiteto uruguaio Román Fresnedo Siri, que utilizou influencias retiradas do hipódromo de Zarzuela em Madrid, foram inaugurados em 1959 depois de cerca de dez anos de obras, exigindo aterro de um trecho da margem do rio Guaíba.

Fresnedo Siri usou métodos revolucionários para época, como paredes duplas, e fez do vidro uso inédito, confrontando-se com outros hipódromos relevantes da época. A relação com o Rio Guaíba foi especialmente considerada, bem como as formas das proteções solares. O volume caracteriza uma verdadeira caixa de vidro, antecipando as propostas contemporâneas de desmaterialização. E é esse conceito de desmaterialização que o artista plástico porto-alegrense Luiz Marasca amplia na ambientação de Hybris, fazendo elenco e público se movimentarem pelos três andares do Pavilhão Popular do Jockey Club. Este diálogo com o espaço, característica do Falos & Stercus, torna Hybris um espetáculo ainda mais instigante.


DE 20 DE NOVEMBRO À 13 DE DEZEMBRO

SÁBADOS, DOMINGOS E SEGUNDAS

21 HORAS

HIPÓDROMO DO CRISTAL

PAVILHÃO POPULAR DO JOCKEY CLUB

(AO LADO DO BARRA SHOPPING)

ESTACIONAMENTO GRATUITO NO LOCAL


Direção e Dramaturgia: Marcelo Restori

Elenco: Alexandre Vargas, Carla Cassapo, Fábio Cunha, Fábio Rangel, Jeremias Lopes e Luciana Paz

Ator Mirim: Fredericco Restori

Atriz Convidada: Bia Noy

Bailarinas Convidadas: Aline Karpinski, Iandra Cattani, Juliana Rutkowski, Carol Dias e Fabiana Martins

Coreografia: Aline Karpinski.

Cenários e Ambientações: Luiz Marasca

Trilha Sonora Original: 4Nazzo e Cláudio Bonder.

Desenho de Luz: Veridiana Matias.

Preparação Vocal: Marlene Goidanich.

Maquiagem: Juliane Senna 

Figurinos: Daniel Lion

Preparação de Rappel: Fábio Cunha

Fotografias e Arte Gráfica: Fernando Pires

Produção Audiovisual: Coletivo Inconsciente

Elaboração de Projeto: Alexandre Vargas 

Assistente de Produção: Elenice Zaltron

Produção, Divulgação e Realização: Falos &Stercus.

(51) 81467050, 84171777 e 33912063