sábado, 30 de abril de 2011

FERNANDO ARRABAL em PORTO ALEGRE


Um dos nomes mais importantes do teatro mundial, o dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, 78 anos, fará a conferência de abertura do 6º Festival Palco Giratório Sesc-RS, amanhã, às 19h, no Teatro do Sesc (Alberto Bins, 665), na Capital (a entrada é franca, com retirada de senha uma hora antes do início). E eu e o Grupo Válvula de Escape estaremos lá para conferir este grande momento, assim como no ano passado estivemos na abertura com o Eugênio Barba.
Arrabal foi um dos dramaturgos enquadrados pelo crítico Martin Esslin sob a denominação de “teatro do absurdo”. Mas, como os demais, está além dos rótulos. Inspirado pelo surrealismo, foi um dos fundadores, em 1962, do Movimento Pânico (o nome faz referência ao deus Pã da mitologia grega). Trocou farpas com o diretor Gerald Thomas quando ambos participaram do ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre, em 2008.
Fernando Arrabal não é só o autor espanhol mais encenado no mundo. Trata-se de um dos poucos autores do chamado Teatro do Absurdo que ainda vivem e produzem. Criou uma nova categoria, algo novo até então, o Teatro Pânico. Controvertido, cultiva uma estética irreverente tanto na sua obra quanto nas suas aparições públicas. Recebeu o reconhecimento internacional pela sua obra narrativa (11 novelas), poética (diversos livros ilustrados por Amat, Dalí, Magritte, Miotte e Saura, entre outros), dramática (numerosas obras de teatro publicadas em dezenove volumes) e cinematográfica (seis longas-metragens).
Arrabal é um dramaturgo e novelista de grande sucesso, um dos mais produtivos artistas de seu tempo. Abandonou sua terra natal em 1955, segundo ele mesmo diz, “por motivos de liberdade”. Desde então, vive exilado na França. Criador versátil e inquieto, iniciou, na década de 1960, o Teatro Pânico, movimento que se diferencia de outras tendências artísticas e que teve como influências o dadaísmo e o surrealismo – foi fundado em Paris, junto com Alejandro Jodorowsky (o qual já fiz um comentário aqui no blog), cineasta chileno, e Roland Topor, pintor, escritor e ator francês, cujo manifesto expressava a intenção de conciliar o absurdo com o cruel, identificar a arte com o vivido e adotar a cerimônia como forma de expressão. 
O Teatro Pânico, que o próprio Arrabal qualifica como presidido pela confusão, pelo humor, pelo terror, pelo azar e pela euforia, está baseado na busca formal, tanto espacial quanto gestual, e na incorporação de elementos surrealistas na linguagem. Arrabal explica que esse tipo de teatro, enquadrado na tendência do absurdo, assume o olhar do menino (poupado de toda racionalização) e concebe o cenário como centro de confusão, de terror, de euforia, de caos, mas também culto da felicidade e desprezo de toda lei moral. Através de suas estreias e sua publicação, em Paris, o teatro de Fernando Arrabal alcançou renome universal.


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Transtornos formais nas peças de SARAH KANE



Na próxima semana, dias 2,3,4 de maio o Grupo Válvula de Escape estará participando da Oficina de Dramaturgia promovida pelo SESC-Montenegro que se debruçara sobre a obra de Sarah Kane. A oficina tem o título de "Transtornos formais nas peças de Sarah Kane" e pretende explorar alguns dos conceitos que norteiam a obra da autoral teatral inglesa Sarah Kane (1971–1999) e investigar quais são e como são produzidos os transtornos formais específicos ou recorrentes em suas peças: Blasted (1995), Phaedra’s Love (1996), Cleansed (1998), Crave (1999) e 4.48 Psychosis (1999). A proposta consiste em abordar esta dramaturgia a partir dos transtornos que ela opera em determinadas estruturas (de tempo, espaço, personagem, enredo e aparentes limites da representação) características à escrita teatral. Após um primeiro dia de introdução panorâmica que englobará o contexto histórico, algumas referências dramatúrgicas e teóricas para se pensar o conjunto da obra de Kane, a oficina prevê uma analise mais vertical de duas de suas peças Blasted (Detonado) e 4.48 Psychosis (Psicose 4.48). A oficina será ministrada por Juliana Siqueira Pamplona (Rio de Janeiro, 1979) é doutoranda em Artes Cênicas na UNIRIO (Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro), autora teatral e editora do site Fórum Virtual de Literatura e Teatro. 
A obra de Sarah Kane se caracteriza pela profundidade psicológica dos personagens e pelas imagens agressivas e chocantes. 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Porto Alegre em Cena completa 18 anos!

Théâtre du Soleil, Peter Brook, Bob Wilson, Phillip Glass, Marianne Faithfull, Maria João e Laginha e Adriana Calcanhotto estão entre as atrações da 18ª edição


O Porto Alegre em Cena completa 18 anos com uma edição especial, digna de sua maioridade. Entre os dias 6 e 27 de setembro, grandes espetáculos estarão presentes na programação cultural da cidade, reafirmando mais uma vez a qualidade e diversidade que o festival proporciona ao público gaúcho. Público esse que comparece em peso às apresentações nas salas de espetáculo e no projeto de Descentralização, ponto forte do Em Cena. Diretores como Bob Wilson, Peter Brook, Arianne Mnouchkine, Antunes Filho e Paulo José, muitos deles vindo exclusivamente à capital gaúcha para as apresentações do festival, constam desta edição comemorativa.



A música ocupa lugar significativo na programação desse ano, apresentando shows de renomados artistas como Phillip Glass, Marianne Faithfull, os portugueses Maria João e Mário Laginha – que na edição passada realizaram uma das mais belas apresentações do Festival -, Adriana Calcanhotto com seu novo trabalho “Trobar Nova”, Carlos Careqa, Ná Ozzetti, Cida Moreira e Zé Miguel Wisnik, entre outros.



A programação formativa, outro ponto alto do festival, trará novamente oficinas inéditas com diretores, atores, cenógrafos, iluminadores e técnicos, que darão à classe artística local novos olhares sobre o que está sendo produzido e aplicado nas artes cênicas brasileiras. Os debates e conversas informais com as estrelas do Em Cena e o Ponto de Encontro na Casa de Teatro complementam a programação que, a cada edição, se mostra mais rica e interativa.



O Porto Alegre em Cena é realizado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal de Cultura, e tem patrocínios já confirmados da Petrobras, Braskem, NET e Caixa Econômica Federal.



Confira a programação:



ESPETÁCULOS INTERNACIONAIS




A flauta mágica | foto: divulgação

 A Flauta Mágica – França / ópera de Mozart, direção de Peter Brook

“A Flauta Mágica” (Une flûte enchantée) é a encenação de Peter Brook para a célebre ópera de Mozart. De uma eficácia cênica comovente, o espetáculo explicita o método de encenação de Brook, um dos maiores encenadores da história do teatro, buscando a simplicidade absoluta de efeitos, reduzindo a duração do espetáculo de quatro horas para uma hora e meia, sem que se perca nenhum dos aspectos fundamentais da obra. Usando uma versão musical para piano, alternadamente interpretado por Franck Krawczyk e Matan Porat, a encenação apresenta as mais célebres árias e deixa a narrativa para o conjunto dos intérpretes, com humor e sagacidade. É o próprio teatro que serve de cenário para a floresta mozartiana, o palácio da Rainha da Noite ou a prisão dos dois amantes protagonistas, Tamino et Pamina no palácio de Sarastro. Iluminado num intenso vermelho e usando varas de cana como material cenográfico, Brook demarca um espaço limpo e sem simbolismos, de resultado surpreendente. De pés nus, os intérpretes preenchem a cena com a qualidade de uma interpretação onde se evidencia a palavra e a concentração da ação - que explora, sem disfarce, todas as fragilidades das célebres personagens. O espetáculo recebeu recentemente o Prêmio Molière de melhor produção de teatro musical.





A última gravação de Krapp | foto: Lesley Leslie-Spinks


 A Última Gravação De Krapp – Itália/Estados Unidos / direção de Robert Wilson

Um dos mais conhecidos textos de Samuel Beckett trará à cena de Porto Alegre, em passagem exclusiva pelo Brasil, aquele que é hoje considerado o maior encenador teatral da atualidade, Robert Wilson, se revezando como ator e diretor do excepcional monólogo. Uma chance imperdível para conhecer ou reencontrar o universo fascinante do célebre diretor americano, privilégio exclusivo para o público do Em Cena.


Dolor exquisito | foto: Carlos Furman


 Dolor Exquisito –  Argentina /  de Sophie Calle, direção de Emilio García Wehbi

"Em 1984, ganhei uma passagem para ir ao Japão durante três meses. Parti de Paris no dia 25 de outubro, sem saber que essa viagem marcaria o começo de noventa e dois dias de contagem regressiva para o final de uma história de amor. Nada fora do comum, mas vivi esse dia como o dia mais infeliz de toda a minha vida." Assim a artista francesa Sophie Calle narra sua experiência de vida e o motivo pelo qual, 20 anos depois, construiu uma obra tão vital e comovente. “Dolor Exquisito” combina teatro, fotografias e projeções transitando entre ficção e realidade, o doloroso e o êxtase, a luta desesperada de uma mulher para acalmar sua profunda desilusão afetiva. O espetáculo reúne os argentinos Emilio García Wehbi - autor, diretor e fundador do conhecidíssimo grupo “El Periférico de Objetos”, e Maricel Álvarez  - atriz e coreógrafa, com extensa carreira entre o cinema e o teatro, inclusive como protagonista do filme “Biutiful”, de Alejandro Iñarritu.



Binari/Dulsori - Coréia do Sul

Dulsori, que significa literalmente Sons da Natureza, é um grupo de percussão e tambores gigantes que trabalha a tradição dos ritmos coreanos e os transforma em música contemporânea, de impacto absoluto para as platéias mundiais. O forte de seus espetáculos é justamente a comunicação com o público, sempre convidado a participar nas performances do grupo. Criado em 1984, o grupo já atuou em Israel, Grécia, Ucrânia, Nova Zelândia  e Bélgica, transformando-se em êxito absoluto por onde se apresenta. O espetáculo que vem ao Em Cena deste ano é Binari.


Ella | foto: divulgação


Ella – Uruguai / direção de Patrícia Yosi

Dentro de uma sauna carregada de vapores, dois homens se enfrentam verbal e fisicamente. Um deles provocará o outro a fim de obter suas confidências e revelações sobre seu temperamento, vivendo situações limites de confronto e enfrentamento provocadas pelo amor de uma mesma mulher. Os personagens vão desenhando a protagonista oculta da obra, enquanto desnudam as misérias amorosas de cada um, num espetáculo dirigido pela encenadora uruguaia Patrícia Yosi, que cumpriu temporada de êxito absoluto em Montevidéu. 



Maria João e Mario Laginha – Portugal

Depois de apresentarem um show que integra a lista dos momentos inesquecíveis da história do festival, atendendo a insistentes pedidos, a dupla volta, agora para abrir a edição comemorativa do Em Cena. Maria João é reconhecida como uma das maiores cantoras do mundo e Mário Laginha, seu pianista, um virtuose do instrumento. Com emoção e improviso, os dois prometem um recital surpreendente, onde não faltarão números da música popular brasileira, onde se destaca o clássico “Beatriz”, em versão antológica da dupla.



Marianne Faithfull –  Inglaterra

Uma lenda viva do mundo dos espetáculos, Marianne Faithfull se notabilizou no início de sua trajetória como acompanhante (groupie) dos Rolling Stones. Ao consolidar carreira solo, mostrou que suas aventuras adolescentes não destruíram a excepcional atriz e cantora de voz rouca, que vem mostrar recital de voz e piano, inédito nos palcos brasileiros, oportunizando a todos conhecer a mítica figura que namorou Keith Richards e Mick Jagger, afundou no mundo das drogas e se recuperou através de sua arte. Imperdível.



Medée – África/ França / de Eurípedes com adaptação de Max Rouquette, direção de Jean-Louis Martinelli

A célebre tragédia de Eurípedes conta a história da mulher traída por Jasão que, para se vingar do homem que a desonrou, mata os dois filhos do casal, inscrevendo-se como um dos textos mais famosos da dramaturgia ocidental. A curiosidade vem da roupagem étnica da encenação, com um elenco de atores africanos, embalados em canções tribalistas africanas, oferecendo um espetáculo de rara força cênica e encantamento total. Uma produção do Théâtre Nanterre-Amandiers.



Neva – Uruguai / de Guillermo Calderón

O texto chileno, já apresentado no Em Cena 2009, foi saudado como um dos mais pungentes textos escritos na última década. Volta agora, em encenação urug
uaia, do célebre “Teatro Circular” de Montevidéu, com toda a força dos intérpretes e suas reflexões que embaralham acontecimentos históricos da revolução russa com questionamentos teatrais de um grupo de teatro que coloca em prática os ensinamentos de Stanislawski.



Nomeolvides - Argentina / show de Carlos Villalba

Quando o produtor argentino Carlos Villalba anunciou aos amigos que iria gravar um disco mostrando suas canções, ninguém imaginaria que o cd anuncia constaria de todas as listas dos dez melhores discos argentinos gravados em 2010. O gaúcho Vitor Ramil declara sua surpresa absoluta diante da pungência das letras e das delicadezas sonoras das melodias de Villalba. O show é camerístico, onde Carlos divide o palco com uma orquestra onde desfilam alguns dos mais importantes instrumentistas portenhos, num espetáculo rigoroso e emocionante.


Out of Context | foto: Chris Van der Burght


Out Of Context (Pina) – Bélgica  / direção de Alan Platel

Alan Platel é considerado um dos mais importantes coreógrafos da dança contemporânea e sua companhia Les C. de la B., de Bruxelas, tem vindo regularmente ao Brasil, sendo esta a primeira vez da companhia em Porto Alegre. O espetáculo tem causado sensação nos palcos do mundo inteiro, pois é totalmente dedicado à Pina Bausch, a mítica fundadora do teatro/dança alemão. O grupo de bailarinos, num palco nu, oferece um show de técnica e emoção absolutas, onde a figura de Pina é reverenciada, com criatividade e delicadeza, constituindo-se num dos espetáculos mais aguardados dessa edição do festival.



Philip Glass – Estados Unidos

Um dos compositores mais importantes do século XX, o americano Philip Glass promete uma audição inesquecível no palco do Theatro São Pedro, ao rememora diferentes fases de sua carreira, sem outros instrumentos que não o seu piano mágico. Sempre associado à criação da música minimalista, rótulo que rejeita, é um dos artistas mais importantes da lista de celebridades reais que compõem a agenda internacional do festival em sua 18ª edição.



 Estrella Morente – Espanha

A espanhola Estrella Morente, Um dos nomes mais aguardados da programação, pisará pela primeira vez os palcos brasileiros aqui em Porto Alegre, em dois concertos onde mostrará porque hoje é considerada a principal intérprete do flamenco. De família célebre - seu pai é o seminal cantor Enrique Morente, recentemente falecido, e sua mãe é bailarina -, desde pequena Estrella conviveu com os maiores e mais importantes nomes da música espanhola. Sua participação em filmes de Almodovar (é dela a voz de “Volver”, que Penélope Cruz cantava num dos filmes do espanhol) fez sua fama cruzar as fronteiras da Espanha para ganhar prestígio em todos os continentes. Imperdível.


Os Náufragos da Louca Esperança | foto: divulgação


 Os Náufragos da Louca Esperança - França / direção de Ariane Mnouchkine

O “epílogo” do festival se dará em dezembro de 2011, ao trazer à capital gaúcha, mais uma vez, o célebre Théâtre Du Soleil de Paris, dirigido pela mítica diretora Ariane Mnouchkine. Inspirado em uma obra póstuma de Júlio Verne, “Os náufragos da louca esperança” apresentam lirismo, humor e emoção e evidenciam as razões porque este é considerado um dos mais importantes grupos de toda a história do teatro.




ESPETÁCULOS NACIONAIS



A Dama Indigna – Cida Moreira /São Paulo

Com direção do gaúcho Humberto Vieira, Cida Moreira, acompanhada apenas de seu piano essencial, mostrará canções que fazem parte de seu último disco, “A Dama Indigna”, que alcançou todas as paradas dos mais vendidos, menos de um mês após seu lançamento. A cantora paulista, de forte entonação teatral, mostra canções de Caetano Veloso, Jards Macalé, Kurt Weil e outros compositores, cuja força é reforçada pela força da excepcional intérprete. Cida, habitual conhecida da platéia gaúcha, tem uma legião de fãs fiéis que aguardam ansiosamente suas apresentações na cidade. Escolheu o “Em Cena” para lançar este que já é considerado um marco em sua carreira.



A História do homem que ouvia Mozart e da moça do lado que escuta o homem - SP / de Francis Ivanovich, direção de Luiz Antônio Rocha

Embalado por uma tempestade que cresce sobre a cidade, um professor de literatura, perseguido pelo passado, chega a uma hospedaria e não se dá conta que, no quarto vizinho, habita a “moça do lado”. Vizinhos invisíveis. A jovem, mergulhada num universo próprio, conserta bonecas para concretizar um desejo de reparação e aliviar sua dor sentenciada, somando todos seus esforços para conter as inúmeras goteiras e  infiltrações que assolam sua casa e sua vida. Ambos solitários, à beira do abismo, esquecidos de si mesmos, não percebem que o imprevisível se faz necessário, ao reuni-los . A peça traz de volta aos palcos da capital o ator Roberto Birindelli, constituindo-se num belo reencontro do gaúcho que vive agora na ponte Rio/São Paulo, aqui contracenando com a atriz Adriana Zattar.



A Senhora de Dubuque - SP / de Edward Albee, direção de Leonardo Medeiros

Inédita no país, a peça do premiado dramaturgo norte-americano Edward Albee marca a volta de Leonardo Medeiros à direção teatral, após dez anos dedicados à carreira de ator. A montagem também é o retorno da célebre Karin Rodrigues, distante dos palcos desde a morte de seu companheiro Paulo Autran, em 2007, ao lado de Alessandra Negrini.  Os anfitriões Jo e Sam reúnem-se num final de semana com dois casais de amigos em uma casa isolada. Ao final de um jogo de perguntas e adivinhações, as relações se desintegram, as amizades são desfeitas e os rancores aparecem. Na manhã seguinte, procurando reunir e restabelecer os fragmentos da velha amizade, todos são surpreendidos pela chegada de Elizabeth, uma elegante e misteriosa senhora da cidade de Dubuque (interior dos EUA) e de seu acompanhante Oscar. Uma das montagens mais aguardadas na programação teatral desse ano, certamente encantará a platéia gaúcha e receberá os elogios e ovações da temporada paulista.



Alma boa de lugar nenhum – São Paulo/Paraná

Carlos Careqa é um dos mais originais e singulares compositores/cantores do país. O paranaense radicado em São Paulo tem se dedicado a parcerias com Arrigo Barnabé e músicos paulistanos de vanguarda. Nesse disco, onde recria versões de célebres canções teatrais de Kurt Weil, conta, no disco, com a participação especialíssima de Chico Buarque.  Careqa é representante de um gênero muito particular de artista, onde a performance cênica, aliada à extrema musicalidade, converte cada apresentação em um momento de prazer inesquecível.



Bethânia e as palavras – Rio de Janeiro/Bahia

 Uma das mais importantes artistas brasileiras de todos os tempos, Maria Bethânia vem encantar o público gaúcho com sua extraordinária presença cênica, num recital onde diz os versos de alguns dos mais importantes poetas da língua portuguesa. As apresentações coroam a trajetória de uma cantora excepcional, cujo nome está incluído no panteão dos grandes criadores da cultura brasileira. Por onde passa, multidões aplaudem o talento e o carisma da baiana de 64 anos, hoje um ícone popular do Brasil, em anos de excepcional contribuição para a qualificação da manifestação musical e literária do país. Três apresentações imperdíveis estão marcadas para o palco do Teatro do CIEE.



Dentro da Noite - RJ – de João do Rio, direção de Marcus Alvisi

Monólogo defendido pelo premiado ator Marcus Alvisi, tem origem na adaptação para teatro de dois contos do escritor João do Rio. O espetáculo marca enorme curiosidade pela direção de Ney Matogrosso, que faz questão de acompanhar os espetáculos na capital gaúcha. Quando da apresentação de seu último show, “Beijo Bandido” Ney fez uma recorrida pelas salas da capital, e escolheu o Teatro Carlos Carvalho, da casa de Cultura Mário Quintana para as apresentações desse espetáculo unanimemente elogiado pela crítica carioca.


Histórias de amor líquido | foto: Claudia Ribeiro


Histórias de amor líquido – RJ / de Walter Daguerre, dirieção de Paulo  José

Espetáculo teatral escrito por Walter Daguerre, com direção de Paulo José e elenco composto por Ana Kutner, Bel Kutner, Natalia Garcez, Marcio Vito e Alcemar Vieira, a peça nasceu de uma inspiração: a leitura de “Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos”, de Zygmund Baumann. O espetáculo, livremente inspirado nesta obra de Baumann, reúne  três histórias de ficção que buscam formar um panorama sobre todos os afetos humanos. A essência do autor permanece intacta nesta montagem dirigida pelo gaúcho Paulo José, hoje um patrimônio do teatro brasileiro, e que explora cenicamente a idéia de líquido e de liquefação. Para Baumann, o mundo pós-moderno, globalizado, é marcado por relações que se estabelecem com extraordinária fluidez, que se movem e escorrem sem muitos obstáculos, marcadas pela ausência de peso, em constante e frenético movimento. Essas características serão encontradas, também, nos relacionamentos amorosos e em espetáculos como esse, encantadores.



Labirinto - RJ / de Qorpo Santo, direção de Moacir Chaves

A montagem reúne três textos que demonstram claramente o sentimento de inadequação do autor diante da hipocrisia das convenções sociais e o reconhecimento da natureza humana pelo mesmo. “As relações naturais”, ao narrar a desorientação da família tradicional em face do conflito entre os instintos e a moral vigente catalputou o autor gaúcho Qorpo Santa à fama imediata. “Hoje sou um e amanhã outro” revela a fantasia de um monarca justo, digno e misericordioso no Império do Brasil. Já “A separação de dois esposos” traz o que talvez seja a primeira cena gay do teatro brasileiro. Na trama, Esculápio mantém um casamento de aparências com Farmácia, que o trai. O conformismo inicial se transforma depois em revolta, que será compreendida com a revelação sobre a sexualidade de Esculápio no último ato. Oportunidade imperdível para conhecer ou reencontrar a dramaturgia desse autor seminal do teatro brasileiro.



Pterodátilos – RJ / de Nicky Silver, direção de Felipe Hirsch

Dirigido pelo paranaense Felipe Hirsch, com cenário da premiadíssima Daniela Thomas, essa montagem arrebatou os principais prêmios destinados ao teatro do Rio e São Paulo. No elenco, a presença de Marco Nanini, pela primeira se apresentado no Porto Alegre em Cena, e Mariana Lima, ambos premiados com o Prêmio Shell 2010, nas categorias de ator e atriz, constitui um dos maiores trunfos do espetáculo, sucesso absoluto de crítica e público, desde a estréia. Nanini, inclusive, se reveza em dois papéis totalmente distintos, num texto ácido e incômodo, muito longe de suas criações televisivas, a mostrar o talentosíssimo ator que ele é. Um dos momentos marcantes da programação do Em Cena 2011.



Sua Incelênça, Ricardo III – Ceará / da obra de Shakespeare, direção de Gabriel Villela

Já detentores do Prêmio Shell de melhor figurino, com a peça “O Capitão e a Sereia”, o grupo cearense “Clowns de Shakespeare” parece querer repetir a dose. Para vestir a cena e os personagens da peça “Sua Incelênça, Ricardo III”, o grupo convidou um dos mais importantes nomes do teatro contemporâneo no país, o mineiro Gabriel Villela. Nas mãos do diretor e do artesão Shicó, do Mamulengo de Acari, o figurino transformou-se em verdadeiras obras de arte feitas em couro, cipó e outros materiais típicos da região nordeste, misturados à seda, tecidos nobres do sudeste do país e peças modernas de grifes internacionais. Em Ricardo III, de Shakespeare, o personagem Ricardo é o centro das atenções para mostrar ao público o que um homem ambicioso e inescrupuloso faz para ascender ao poder. O rei inglês vem a ser, em contrapartida, um modelo a não ser seguido. Espetáculo de rua, promete ser uma das sensações do festival deste ano.



Trobar Nova – RJ – show de Adriana Calcanhotto

Impedida de tocar violão, a turnê de “O Micróbio do Samba”, novo cd da cantora e compositora gaúcha, foi substituída por uma apresentação autoral e inédita nos palcos brasileiros, “Trobar Nova”, já apresentada em vários países da Europa e América do Sul.  Participante fiel do Em Cena, Adriana Calcanhotto apresenta aqui, ao lado de alguns de seus novos sambas, canções nunca gravadas, o que imediatamente desperta atenção ao repertório excepcional do concerto: canções provençais e espanholas, autores como Arnaut Daniel, Caetano Veloso, Vinícius de Moraes e Arnaldo Antunes, se mesclam a algumas de suas composições mais célebres. A criadora de "Vambora" tem alcançado reconhecimento internacional como nenhum outro artista gaúcho desde o seu primeiro álbum “Enguiço”, há duas décadas, e conta, em diferentes continentes, com uma incrível legião de fãs. Em Portugal, é referência obrigatória da cena musical brasileira. Samba, bossa nova e música pop encontram-se nas reinterpretações desta personalidade fundamental da MPB.



Zé & Celso – canções do Teatro Oficina - SP / show de José Miguel Wisnik e Celso Sim

Espetáculo de teatro musical, um cabaré onde Zé Miguel Wisnik (cantor-ator, compositor, escritor e ensaísta) e Celso Sim (cantor-ator, compositor e produtor cultural), ao lado de Sergio Reze (percussão) e Márcio Arantes (violões e baixo), apresentam diversas canções criadas especialmente para o mítico Teatro Oficina, grupo dirigido por Zé Celso Martinez Correia, nos últimos 20 anos. O repertório se baseia em músicas do próprio Zé Miguel Wisnik em parcerias diversas com Oswald de Andrade, Eurípedes, Arthur Rimbaud e Paul Verlaine, Zé Celso Martinez Correa e Euclides da Cunha, criadas para  “As boas” de Jean Genet, “Ham-let” de William Shakespeare, “Mistérios gozosos”, de Oswald de Andrade, "Cacilda" de Zé Celso Martinez Correia, "Os Sertões" de Euclides da Cunha e "Bacantes" de Eurípedes e outras canções , parcerias com Jorge Mautner, Antonio Cícero e outros grandes compositores brasileiros.  Uma verdadeira aula sobre a canção para teatro, é espetáculo imperdível para os apreciadores do gênero.



Policarpo Quaresma – SP – direção de Antunes Filho

Um dos mais importantes diretores da história do teatro brasileiro, Antunes Filho traz uma de suas montagens mais elogiadas, Policarpo Quaresma, baseada no romance homônimo de Lima Barreto, em seu projeto de levar ao palco algumas das obras e dos autores seminais da cultura brasileira. Pela sua trajetória, desde já, a presença de Antunes Filho, à frente do Grupo Teatral Macunaíma, ligado ao SESC/SP, garante um espetáculo de excepcional beleza cênica, rigor e investigação teatral, num dos momentos mais esperados da edição deste ano.




O Porto Alegre em Cena é realizado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal de Cultura, de 6 a 27 de setembro, em teatros da capital e regiões da Descentralização



Patrocínio: Petrobras, Braskem, NET, Caixa Federal e Multiplan/ BarraShoppingSul



terça-feira, 19 de abril de 2011

TVE APRESENTA DOCUMENTÁRIO EXCLUSIVO SOBRE PINA BAUSCH


O documentário especial, que será exibido na quinta-feira (21/04) às 23h, aborda os trabalhos de Pina Bausch entre 1974 e 1997.
Pina Bausch, cujo nome verdadeiro é Phillipine, foi uma mulher incansável, magnética e determinada. De personalidade introvertida, mantinha o semblante compenetrado em suas entrevistas e entre seus longos dedos mantinha sempre um cigarro, seu grande vício."Amo dançar porque sempre tive medo de falar", dizia ela.
Persistente, se auto definia como alguém que "nunca desiste", qualidade típica de uma personalidade genial. Nasceu em 27 de Julho de 1940, na cidade industrial de Solingen, na Alemanha. Aos 14 anos, Pina ingressou na escola Folkwang, em Essen, dirigida pelo mais influente coreógrafo alemão da época, Kurt Jooss, a quem ela carinhosamente chamava de "Papa Jooss".
Bausch concluiu sua formação em 1958 e, aos 19 anos, foi uma das poucas estudantes alemãs a conseguir uma bolsa de estudos em Nova York, na Juilliard School of Music. Tornou-se integrante do Ballet de Nova York e do Ballet da ópera Metropolitan, mas foi a cidade americana, por sua diversidade e estilo de vida, que impressionou fortemente a bailarina. Em 1962, ela retorna à Alemanha ingressando como solista no Ballet de Folwang.
Pina Bausch foi nomeada diretora artística da Wuppertal Opera em 1973, época em que começou a desenvolver uma mistura de dança e teatro. Nas suas montagens, os bailarinos não só dançavam mas também falavam, cantavam e até choravam. "Não me interesso em como as pessoas se movem, mas em o que as move" dizia Pina, em uma de suas frases mais célebres, explicando o que a motivou a criar um novo gênero, que revolucionou a dança do século XX e inspira, até hoje, coreógrafos ao redor do mundo. Pina Bausch, tema do último documentário de Wim Wenders, exibido pela primeira vez este ano no Festival de Berlim e sem data de exibição no Brasil, faleceu repentinamente em 2009 aos 68 anos de idade, em Wuppertal, sua cidade natal.

TVE canal 7
Documentário especial
Coreógrafa alemã Pina Bausch

Não percam!!!
Quinta-feira 21/04 às 23h

domingo, 17 de abril de 2011

ASSOVIO NO VENTO ESCURO encerra temporada!

Grupo Válvula: Lucimaura, Ana, Tuane, Martina, Léo, André, Elton e Diego.


Ontem encerramos a 2ª temporada do nosso primeiro trabalho "Assovio no vento escuro" baseado na obra de Clarice Lispector. Foi uma noite sensacional, mágica e de finalização de mais uma etapa da qual nos propomos. No final de semana passado devido a chuva tivemos um público fraco, mas neste último final de semana tivemos casa lotada e apresentações repletas de emoções tanto para o grupo quanto para a platéia. Gostaríamos de agradecer a Estação da Cultura pelo apoio e cedencia do espaço e a todos que prestigiaram e que de algum modo apoiaram este projeto. Ao elenco que demonstrou garra e profissionalismo. Abaixo um comentário de uma espectadora que assistiu ao espetáculo no último dia. 
Assisti ontem à noite pela segunda vez, e pude experimentar mais profundamente a angústia da escritora ao criar Macabea, como também o alento com sua personagem, tão frágil, tão ingênua a ponto de parecer boba... e tão linda, na simplicidade de seu viver. Em Assovio no Vento Escuro, somos convidados/as a dedicar um olhar atento à um não-viver, um simples existir no mundo, e descobrir desejos, sentimentos e lembranças dentro de uma vida, talvez considerada insignificante, como a de Macabea. Parabéns ao Válvula e seus componentes, por terem instaurado um momento que será inesquecível para mim.
Patriciane Born - Via Facebook - (Mestranda em Educação-UFRGS e nossa vídeo-maker)  

Um grande abraço a todos e até uma próxima, agora estamos mergulhados na obra "O pequeno príncipe" que será apoiado pelo FUMDESC da Prefeitura Municipal de Montenegro com estreia prevista para abril de 2012.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Vídeo ASSOVIO NO VENTO ESCURO



Hoje e amanhã, estaremos fazendo as duas últimas apresentações do espetáculo "Assovio no vento escuro", depois o espetáculo provavelmente não retornará a cartaz, pois estaremos envolvidos no próximo trabalho do grupo, a peça "O Pequeno príncipe" que foi contemplado com o Fumdesc - Fundo de apoio da Prefeitura de Montenegro, além de outros projetos. Então corra e aproveite as últimas apresentações de "Assovio no vento escuro". Dias 15 e 16 as 20h na Estação da Cultura.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

PARA PINA BAUSCH


SANGUE NA SAPATILHA OU ENIGMA DA LIBERDADE

Heiner Müller – 1981 (para Pina Bausch)
De criança brincávamos de esconde esconde.
Ainda se lembra de nossos jogos?
Todos se escondem, um espera
O rosto contra uma árvore ou parede
As mãos sobre os olhos, até que o último
encontre seu lugar, e quem for descoberto
Tem que correr do pegador.
Se chegar primeiro na árvore, está livre.
Se não fica parado no lugar
Como se bater a mão em uma árvore ou parede
O pregasse ao chão como pedra sepulcral
ele não pode se mover até que o último
Seja encontrado. e às vezes o último
Por estar tão bem escondido, não é encontrado.
então todos esperam petrificados
cada qual seu próprio monumento, pelo último
e às vezes acontece morrer um
Seu esconderijo não é encontrado, não há
Fome que o faça escapar de sua morte
Aquela que o encontrou fora da fila
Os mortos não tem mais fome.
Então não há ressurreição. O pegador
Revirou cada pedra quatro vezes.
Agora só pode esperar, o rosto
Contra a árvore ou parede
as mãos sobre os olhos, até que o mundo
Tenha passado por ele.
Ponha suas mãos sobre os olhos irmão.
Os outros, que o pegador pregou ao chão
Ao bater a mão em uma árvore ou parede não correram
Depressa de seu esconderijo que não era bem seguro,
Eles agora não tem mais sobre seus olhos as mãos,
Não mais podem se mover e também os olhos não podem fechar
de acordo com a regra do jogo.
Como pedras no cemitério esperam eles
Com os olhos abertos para o último olhar.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Grupo Válvula de Escape encerra temporada de espetáculo e inicia nova turma de teatro.



O grupo Válvula de Escape estará encerrando neste final de semana, dias 15 e 16, as apresentações do espetáculo “Assovio no vento escuro”, realizando a última temporada, portanto quem ainda não viu corra para não perder um espetáculo diferente realizado nas dependências da Estação da Cultura, baseado na obra de Clarice Lispector. E aproveita para convidar a todos os interessados a partir dos 14 anos para participar da Oficina de Montagem Teatral, voltada para aqueles que têm o desejo de fazer teatro. A oficina tem a duração de oito meses dividido em dois módulos, e no encerramento será montado um espetáculo teatral. A oficina iniciou nesta 2ª feira dia 11, mas ainda restam três vagas. As aulas serão ministradas na Estação da Cultura sempre as 2ª feiras das 19h às 21h com mensalidades no valor de R$ 40,00. As inscrições e informações podem ser obtidas através do telefone (51) 8177.4446 ou do e-mail escapeteatro@bol.com.br.

SINOSPE DO ESPETÁCULO
            “Assovio no vento escuro” é uma releitura de “A hora da estrela” de Clarice Lispector. O espetáculo é a nossa visão acerca da vida de Macabéa, uma retirante nordestina semi-analfabeta, que era incompetente para a vida. Trata-se de uma história de inocência, de anonimato e de preconceitos. Fica apenas a constatação de que cada ser é um fragmento ou parte de algo.
            A peça montada pelo grupo Válvula de Escape procura dar forma e vida ao texto, tornando presente ao público essa personagem singular que ecoa o nada, em que brilha a mais pura ausência. Deixaremos que a peça permita que o espectador entre nessa história e possa também se descentrar de seu lugar seguro, percorrer junto com Macabéa os espaços sombrios e escuros de seu interior esvaziado.
            “Assovio no vento escuro” é o primeiro trabalho do Grupo Válvula de Escape, criado através da união de artistas oriundos da Uergs/Fundarte. Além de marcar a estréia do grupo, marcou também a estréia de um novo espaço de encenação em Montenegro, o porão da Estação da Cultura. Trata-se da ocupação de um espaço público, que serviu para a gestação de um processo criativo em teatro. O espetáculo cumpriu em dezembro de 2010 uma exitosa temporada no mesmo espaço, recebendo um bom retorno de público e crítica.     
O QUÊ: Peça “ASSOVIO NO VENTO ESCURO”
ONDE: Estação da Cultura – Osvaldo Aranha,2215 – Montenegro.
QUANDO: Dias 15 e 16 de Abril/2011 – 20h
QUANTO: R$ 5,00 (Reservas em escapeteatro@bol.com.br ou na hora)

FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Diego Ferreira
Elenco: Ana Denise Ulrich, André Susin, Leonardo Nunes, Lucimaura Rodrigues, Martina Nichel, Tuane Tain Bessi e Elton Ambrozí.
Trilha Sonora executada ao vivo: Elton Ambrozí (baixo) e André Susin (violino)
Projeto Gráfico: Daiane Göessling Ferreira
Produção e Divulgação: Diego Ferreira e Válvula de Escape
CONTATOS:  WWW.escapeteatro.blogspot.com - (51) 8177.4446

Sinopse da OFICINA DE MONTAGEM TEATRAL
            Esta oficina é direcionada tanto para aquelas pessoas que pretendem iniciar-se na arte teatral, quanto para aquelas que buscam no teatro uma ferramenta de desibinição, sociabilização e diversão. Permite ao aluno um aprofundamento do fazer teatral destinada a quem não possui experiência anterior e/ou pouca experiência. A partir de jogos específicos de teatro que desenvolvam sua presença cênica, o aluno é instigado a criar personagens e cenas com total liberdade de expressão, exercitando assim sua autonomia e confiança. Montagem de conclusão no final da oficina.
OFICINA DE MONTAGEM TEATRAL –
Criação Teatral em Espaço não-convencional
Turma - 2ª feiras das 19h às 21h
Local - Estação da Cultura – Montenegro.
INVESTIMENTO:
1º Módulo – 4 parcelas de R$ 40,00 (1ª matrícula + 3 parcelas) ou R$ 150,00 a vista.
De 4 de abril até 11 de julho de 2011. 15 encontros- 30 h
2º Módulo – 4 parcelas de R$ 40,00 (1ª matrícula + 3 parcelas) ou R$ 150,00 a vista.
De 1º de agosto até 28 de novembro de 2011. 18 encontros – 36 h

PÚBLICO-ALVO:
Pessoas a partir de 14 anos que tenham interesse em fazer teatro para conhecer e explorar o universo das artes cênicas por motivos profissionais – relacionados ao desejo de atuar profissionalmente em algum dos âmbitos desta área; ou pessoais – desejo de desinibição, socialização, vivências coletivas, etc. 
PROFESSOR:
Diego Ferreira – Ator, Professor e Diretor do Grupo válvula de Escape graduado em Teatro pela Uergs.
COMO SE INSCREVER:
Telefone: (51) 8177.4446 ou escapeteatro@bol.com.br solicitando ficha de inscrição.
Maiores informações no blog:  http://escapeteatro.blogspot.com/