sexta-feira, 1 de abril de 2011

ASSOVIO NO VENTO ESCURO 2ª temporada em ABRIL



2º Temporada do nosso espetáculo de estreia "ASSOVIO NO VENTO ESCURO", dias 8,9,15,16 de abril as 20h, com capacidade de 20 espectadores por sessão. CURTA TEMPORADA.

Veja abaixo o que já foi dito sobre o espetáculo "Assovio no Vento Escuro".

...Eu saí boquiaberto do espetáculo Assovio no Vento Escuro, do Grupo Válvula de Escape. Pasmo. Confesso que foi tudo acima do esperado. O ambiente – os porões da Estação da Cultura, em Montenegro – o jogo de luzes e sons, o desempenho dos atores, a sinergia da peça. (...) Pouco entendo de teatro, mas conheço a obra de Clarice Lispector, fundamentalmente o livro em que se baseia a peça, A Hora da Estrela. Uma obra complexa, difícil de ser adaptada fora da literatura, mas rica em conceitos e conteúdos. Pois a trupe de Diego Ferreira conseguiu tudo isto. E ir além. Não perdeu o foco, a essência, a mensagem, e talvez tenha dito até mais. Algo quase metafísico. O elenco arrasa, sem exceção. (...)  Enfim, fico sem argumentos pelo medo de ser piegas, (...) Mas a direção de Diego Ferreira é genial no detalhe, no charme da divulgação, na genialidade das cenas, no roteiro que resume sem perder um ponto fundamental sequer. A interatividade com o público, somada a essa coisa de que Clarice Lispector mostra, desnuda, nossos porões. Assovio no Vento Escuro é pura alma. É espetáculo de primeira grandeza, ao pé da letra. Como, ao pé da letra, é totalmente Clarice Lispector. Que os ventos nos tragam seus novos assovios, pois Válvula de Escape definitivamente é, sem dúvida, a melhor referência para uma parada e reflexão. 
Oscar Bessi Filho é escritor e Capitão da Brigada Militar

...Impossível iniciar qualquer assovio sem reverenciar as válvulas criadoras destes sons.(...) Me chama a atenção a sensibilidade deste espetáculo. Assovio no Vento Escuro para além de nos contar a história de Macabéa, fala diretamente aos nossos sentidos. E isto se dá por vários fatores. Talvez o principal deles seja o local que é co-autor desta obra. Não consigo imaginar este espetáculo acontecendo em um lugar que não seja o porão da Estação da Cultura, teria que se reinventar completamente. As paredes de pedra, o chão e as janelas pequenas auxiliam na criação de sentido e transportam a nossa imaginação para além deste próprio espaço. (...) Diego faz isso muito bem e ao mesmo tempo não me joga em uma ilusão capaz de me privar da racionalidade, me mostra que estou vendo teatro. Uma cena em especial merece destaque para ilustrar este aspecto: o momento em que duas atrizes representam a personagem Macabéa criando uma multiplicidade de focos típicos do teatro contemporâneo. Destaco ainda o conjunto de atores. Sinto que eles estão recheados deste contexto que os segura e os sustenta e isso reverbera de forma positiva no espetáculo. (...) 
Cássio Azeredo - Ator, Professor e Diretor do Teatro do Clã.

(...) Diferente de muitas releituras dramáticas de obras literárias, o espetáculo não necessita do livro como um manual para compreensão da peça. Também não foge às características do universo da Clarice. Isso se deve a uma feliz adaptação da obra narrativa para o texto dramático concebida pelo diretor Diego Ferreira com pinceladas filosóficas de André Susin. (...) O diretor é muito feliz também na concepção do espetáculo, pois surpreende ao assumir a teatralidade que busca na encenação. (...) O elenco é muito equilibrado. (...) A narradora nos guia pela mão nessa trajetória de vida da Macabéa e os atores representam muito bem sua sina. As metáforas da peça e a sensibilidade na atuação fazem com que o espetáculo seja muito rico. A direção do Diego Ferreira é muito feliz em suas escolhas. (...) 
Marcos Cardoso - Ator e Professor - Teatro do Clã.

(...) O Grupo Válvula de Escape estréia a peça “Assovio no Vento escuro” trazendo o texto de Clarice Lispector à expressão melhor da dramaturgia. O texto escolhido “À hora da estrela” é resistente a encenação pela riqueza de frases, de textura própria da autora. Porém, o grupo veste esta roupagem e faz disto o fio próprio de seu tecer.(...) O texto é denso e leve, falado e lido naquilo que a leitura de fato oferece: a invenção. As palavras da escritora são transcritas, reinventadas no jogo de luz, sons, interpretação e tempo.De fato, a angústia da criação deixa a mostra a nudez de todos que ali estão. Não há como não inventar palavras enquanto estamos na cena.E estamos todos na cena com Macabea, Clarice,Olimpico,escrita,Glória,músico,menina,morte,cartomante,futuro,solidão.Não saímos impunes.O grupo nos oferece esta condição. (...) Saímos estarrecidos desta estréia! Parabenizo a todos da cena, principalmente os artistas que representaram esta expressão de um si mesmo. (...) 
Adriana Bandeira é Psicanalista, Escritora e Colunista do Jornal O Progresso.


(...) me surpreendi! A maneira como utilizaram o espaço, desde a rua até o porão. (...) O grupo todo estava numa energia que me levava junto com a história, (...) Eu sabia que veria trabalho, dedicação, pesquisa. E vi. O Diego é um diretor muito dedicado, posso dizer isso por experiência própria. E a maneira como orientou o grupo, adaptação do texto, tudo tinha um olhar preocupado e cuidadoso, com a “cara” de Diego Ferreira.(...) 
Tuti Kerber - Atriz - Teatro do Clã.



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