O ano mal começou e já estamos mergulhados na pesquisa do nosso novo trabalho: uma adaptação do clássico "O pequeno príncipe" de Antoine de Sait-Exupéry. O espetáculo será dirigido para o público de todas as idades, principalmente pela característica do texto, repleto de simbologias e metáforas do mundo moderno e do ser humano em busca de respostas. Pretendemos realizar uma abordagem contemporânea sobre a obra, pesquisando principalmente sobre o trabalho do ator e o que isto implica na construção da cena. Já estamos pesquisando e estudando o livro através de uma abordagem filosófica, com o auxilio do nosso colega de grupo, o ator André Susin, que é mestre em Filosofia, e que tem conduzido os debates que envolvem pensadores das áreas da filosofia e da psicologia, para tentar compreender esta enigmática obra do imaginário dos leitores da obra. No último encontro assistimos ao filme:
A história gira em torno do piloto da Segunda Guerra (Richard Kiley), que começa sua aventura no deserto depois de uma pane no meio do Saara. Certa manhã, é acordado pelo Pequeno Príncipe (Steven Warner), que lhe pede: "Desenha-me um carneiro"? É aí que começa o relato das fantasias de uma criança como as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. O principezinho havia deixado seu pequeno planeta, onde vivia apenas com uma rosa vaidosa e orgulhosa. Em suas andanças pela Galáxia, conheceu uma série de personagens inusitados – talvez não tão inusitados para as crianças!
Um rei (Joss Ackland) pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios (Clive Revill) se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado se embriagava para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo (Victor Spinetti) se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa –brilhantemente interpretada por Gene Wilder – que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.
Os destaques do filme ficam por conta da presença, sempre marcante, do comediante Gene Wilder, que aqui faz uma raposa tão enigmática quanto o seu personagem Willy Wonka; da dança muito bem coreografada de Bob Fosse como a Cobra, aliás Bob já era um grande dançarino da Broadway antes mesmo de dar as caras em seu primeiro filme (Dá-me Um Beijo, 1953). As canções de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe dão um toque mágico ao filme e conseguiram uma indicação ao Oscar com “Little Prince”.
Estamos aguardando o resultado do financiamento do Fumdesc da Prefeitura de Montenegro, para a realização deste projeto que pretende estrear em outubro de 2011.
A partir de hoje acompanhem por aqui o nosso processo de criação, os debates e nossas fontes de pesquisa do nosso próximo projeto.
E em março de 2011 aguardem uma programação dentro da semana "Teatro para escapar" dentro das festividades do dia internacional do teatro e da passagem do 1º aniversário do Grupo Válvula de Escape, do dia 24 a 29 de Março.
Abraços!
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