sábado, 19 de abril de 2014

PLURAL (GO)

Foto: Layza Vasconcelos
Quarta-feira (23/4), às 20h e quinta-feira (24/4), às 15h e às 20h
Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo
Entrada Franca


PLURAL é a trama tecida pelas histórias de uma menina chamada Maria. Suas primeiras recordações remetem aos seus sete anos, onde se distraia brincando com uma boneca de milho no terreiro de sua casa, enquanto sua avó cozinhava no fogão a lenha e lhe falava pela janela. A narrativa segue costurando memória em memória, fiando do universo rural ao urbano, bordando histórias vividas e sentidas, com seus encantos, medos, violências, coragens, lamentos e alegrias. Uma trama sempre tensionada entre o drama e a poesia, o trágico e o humor.
Contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. 

A Cia de Teatro Nu Escuro comemora os 16 anos de trajetória e abre um baú de recordações a partir de relatos de seus familiares, criando um diálogo entre o factual e a ficção, para falar de uma parcela de mulheres que migraram principalmente de Minas para Goiás na promessa de melhoria de vida. A peça fala sobre mulheres rurais que têm suas identidades forjadas em seu sangue: o negro, o índio, o branco. A dramaturgia foi concebida através de histórias e lembranças de mulheres que vivenciaram estas questões: Dona Lia, Dona Joaquina e Dona Vanilda, mães, respectivamente, de Izabela Nascente, Abilio Carrascal e Lázaro Tuim. E por meio destas três mulheres com vidas tão parecidas e, ao mesmo tempo, tão distintas, foi que construímos artesanalmente uma história PLURAL, a história da nossa protagonista Maria.
Para o espetáculo foram confeccionados bonecos forrados de tricô e de crochê, assim como os figurinos e cenários, com a intenção de criar um universo lúdico e poético que retrate o ambiente rural. A linguagem do vídeo aparece como um contraponto ao universo popular, as projeções de imagens (video mapping) sobrepostas ao cenário, aos bonecos e aos atores/manipuladores, criam texturas e efeitos que dialogam com a cena. Outro ponto importante do espetáculo foi a rica pesquisa corporal desenvolvida, que teve o objetivo de aprofundar a interação entre o boneco e o manipulador, em que o ator explora seu corpo a serviço da animação do inanimado. Atores e atrizes que também cantam, dançam e tocam cantigas populares junto com os bonecos, como em uma brincadeira em que as linguagens cênicas do teatro de animação, músicas ao vivo e projeções de vídeos se cruzam em um calidoscópio infantil.

A brincadeira é o ponto de ligação, brincar de boneca é uma das diversões mais prazerosas para meninas do mundo inteiro, onde é possível atravessar universos e histórias, remontar comportamentos familiares ou simplesmente se distrair. Este universo é o tema que a Cia de Teatro Nu Escuro se propõe a investigar.


FICHA TECNICA
Direção Geral – Izabela Nascente 
Assistente de direção – Lázaro Tuim
Pesquisa visual – Rô Cerqueira
Dramaturgia – Hélio Fróes, Abilio Carrascal e Izabela Nascente.
Atores/ Manipuladores – Abilio Carrascal, Adriana Brito e Eliana Santos.

Trilha sonora e preparação musical - Abilio Carrascal
Música original “Bananas em Chamas”: Hélio Fróes e Cristiane Perné.
Iluminação – Rodrigo Assis
Direção de vídeo – Rô Cerqueira e Lázaro Tuim
Produção de vídeo – Rô Cerqueira, Rodrigo Assis, Lázaro Tuim, Layza Vasconcelos e Gabriel Lotufo.
Edição de vídeo – Rodrigo Assis e Michael Valim.
Projeção Mapeada – Lina Lopes
Equipe técnica: Rodrigo Assis, Hélio Fróes, Lázaro Tuim e Bruno Garajau.

Concepção de bonecos, figurinos e cenário – Izabela Nascente
Confecção de Bonecos - Izabela Nascente, Marcos Lotufo, Marcos Marrom, Rô Cerqueira e Cia Nu Escuro
Confecção de Cenário – Marcos Lotufo e Lázaro Tuim, Izabela Nascente, Cláudio Livas, Mara Nunes e Cia Nu Escuro

Identidade Visual – Marcos Lotufo
Fotografias do espetáculo – Layza Vasconcelos
Documentário – Sérgio Valério e Andréia Mikos (Fora da Lei)
Assessoria de Imprensa - Larrisa Mundim (zeroum comunicação)
Direção de Produção – Lázaro Tuim
Produção – Bruno Garajau e Luana Oto (Balaio Produções)

Seminário (sociologia, feminismo e gênero) – Joana Plaza (Transas do Corpo)
Oficina de manipulação de bonecos – Paulo Fontes 
Workshop de teatro de animação – Marcos Marrom.


Parcerias:
Espaço Cultural Geppetto, Oxxo Acumuladores, Teatro Inacabado.

Agradecimentos Especiais as mulheres que nos emprestaram suas histórias: Dona Lia (Maria Jascinta Nascente), Dona Joaquina Cândida e Dona Vanilda Silva Gomes;

Agradecemos à Oficina Cultural Geppetto que nos deu pouso para construção, ensaio, elaboração e também para beber cerveja. Ao Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Goiás que nós carinhosamente chamamos de Escola. À toda equipe e aos queridos agregados da Cia de Teatro Nu Escuro, Milena Jezenka, Marcos Amaral Lotufo e família, Allysson Garcia, Pedro Plaza, Lia Ono, Letícia Guelfi, Aline Fratari, Hamilton Amorim, Júlio Van, Felipe Valoz, Joana Plaza, Sérgio Pato, Dênio de Paula, Paulo Fontes e Cia Gente Falante, Teatro do Maleiro, Cia Lumbra, Cia Caixa de Elefante, Layza Vasconcelos, Carlos Cipriano, Reginaldo Saddi, Sandro di Lima, Secretaria Municipal de Cultura de Anápolis, SESC Goiás, e as crianças: Caio Nascente, Ian Lotufo, Yasmim Otto (e às avos que olham estas crianças enquanto ensaiamos!).

Dedicamos o espetáculo a nossas mães e in memorian de Patrícia Lucia Nascente e Washington o “Seu menino”.
Contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário