O circo acabou. As personagens não buscam o divertimento. Elas buscam quase desesperadamente, através do consumo, o conforto. Não há motivos para rir. O riso é apenas um espasmo. É preciso acreditar em uma nova forma de salvação. O palhaço perdeu seu emprego. Nós estamos perdendo os nossos. É obrigação do palhaço receber nossa arrogância. O palhaço não é engraçado.Cabe a ele engolir nossa fúria. Daremos uma festa para um palhaço que não foi convidado. Já não nos importa a felicidade, apenas parecermos felizes. Estamos no mesmo barco, que sabidamente afunda. Só nos resta uma boa poltrona para que possamos, de forma confortável, aguardar que as águas nos libertem. Não para uma nova ou melhor existência mas, para vida nenhuma. O palhaço enfia a cabeça no balde e a mantém submersa por cinco minutos. A água não mais purifica, apenas abafa o mundo. Às personagens restam apenas lembranças. Vagas, imprecisas, que não se compartilham. Dividem o mesmo espaço, mas não o mesmo tempo.
Data - Horário:
01/08/2012 - 12:30 e 19:30
08/08/2012 - 12:30 e 19:30
15/08/2012 - 12:30 e 19:30
22/08/2012 - 12:30 e 19:30
29/08/2012 - 12:30 e 19:30
01/08/2012 - 12:30 e 19:30
08/08/2012 - 12:30 e 19:30
15/08/2012 - 12:30 e 19:30
22/08/2012 - 12:30 e 19:30
29/08/2012 - 12:30 e 19:30
Local: Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340) (Local a confirmar em razão das obras)
ENTRADA FRANCA
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