"A memória é a capacidade de adquirir, armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias."
A partir de hoje, dia 1º de novembro e pelos próximos 30 dias estarei postando aqui no blog espetáculos que assisti e que de certo modo persistem na minha memória. Neste mês, dia 15 estarei completando 30 anos de idade e neste tempo já assisti muita coisa bacana que influenciaram minha vida. Então a cada dia evocarei fragmentos desta memória da cena dividida em três partes: 30 espetáculos locais/ 30 nacionais/ 30 internacionais, ou seja, tentarei rememorar ao todo 90 espetáculos que fizeram parte da minha vida. Esta é uma forma de relembrar e de certo modo homenagear quem fez parte da minha vida teatral.
Vou começar então com três espetáculos abaixo:
POSTAGEM Nº 1.
ESPETÁCULO LOCAL
"As aventuras do avião vermelho"
Este foi o primeiro espetáculo do qual eu me lembro de ter assistido e que marcou minha vida. Uma adaptação do homônimo de Érico Veríssimo com direção de Dilmar Messias. Era um espetáculo que povoa minha memória até hoje, pela beleza e encantamento que me provocaram. Lembro dos bonecos, dos efeitos e da história do Ferdinando e sua viagem a bordo de um avião vermelho. Me marcou muito este belíssimo espetáculo. Creio que na época o elenco era formado pela Fernanda Carvalho Leite, Luciana Éboli e Daniel Lion. O ano era 95, ano em que eu iniciei minhas atividades teatrais. Inesquecível, por isso deve ser lembrado nesta minha retrospectiva.
ESPETÁCULO NACIONAL
"Aldeotas"
Escrita pelo dramaturgo Gero Camilo, Aldeotas, impactou pela simplicidade e complexidade de empregar a palavra como eixo essencial de um trabalho que evidencia a poesia e o trabalho do ator. Assisti este trabalho em 2004 no Porto Alegre em Cena, com o próprio Gero Camilo e Marat Descartes no elenco desta produção que levava a cena a memória de dois amigos. O despojamento e requinte das interpretações foi o que marcou neste espetáculo. Lembro do tapete ao centro da cena, único elemento que evocava a memória daqueles personagens. Boa parte do encantamento da apresentação repousa sobre a performance de Gero Camilo. A transformação gradativa de sua personagem de criança em adulto se dá por meio de uma modulação de voz precisa e uma escolha competente de vocabulário e postura. Exemplo disso vê-se logo nas cenas iniciais, em que o menino Levi descreve sua viagem ao centro da terra, onde conhece o reino das formigas. Mais um daqueles espetáculos que ficam retidos na memória e no coração.
ESPETÁCULO INTERNACIONAL
"LES ÉPHÉMÈRES"
Esta é uma das maiores experiências que tive enquanto espectador de teatro. Maiores em todos os sentidos: estético, ideológico, emocional, duração (8 h de duração), espaço. O Theatre du Soleil e sua mentora Ariane Mnouchkine encantou a todos os gaúchos com a passagem do coletivo pela capital. Foi sensacional a experiencia diante deste magnifico espetáculo. Tudo era muito mágico e maravilhoso. Uma aventura inesquecível!!! E no mês que vem eles retornam a Porto Alegre.
Amanhã tem mais três espetáculos que estão na minha memória.
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